quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A MULHER QUE PERDEU UM AMOR POR ESTAR PELUDA! Da série Memórias Contadas

Bom dia!!!
Olá 08/08/2016
São aproximadamente 4:00H e eu tenho um sério compromisso com minha insônia rsrsrs e como insisto em não tomar remédios para dormir, me causam depressão pós-parto kkk, sem nada para fazer resolvi escrever mais um pouco de MEMÓRIAS CONTADAS...
Isso se passou há uns bons 16 anos, pelo relato de “Vera”, mas com ela há uns trinta anos e por aí vai.
Vou intitular como:
A MULHER QUE PERDEU UM AMOR POR ESTAR PELUDA”!!!
Vera me desculpe, mas você estará protegida em sua identidade e provavelmente você irá rir se ler. Rsrsss
Primeiro vou lhes apresentar Vera, nos conhecemos em um trabalho no qual fui recrutado, um projeto para uma consultoria que exigia muito telemarketing e eu era muito bom nisso.
Vera era minha supervisora. Tive uma empatia absoluta por ela. Daquelas coisas de reconhecimento de alma. A primeira vez que nos falamos sobre assuntos fora o trabalho foi durante uma pausa para o cafezinho na copa. Entramos numa espécie de entrega pessoal. Assuntos internos e inesperados. Para uma primeira semana de convívio num ambiente corporativo!
Porém você com essa riqueza interior, entrega e verdade não poderia ser diferente!
E não importa, tem pessoas que por mais que passe o tempo e inclusive que se fala eventualmente e não se veem deixam sua marca impressa na gente.
E nós temos esse amor fraterno, né não amiga? Tá selado! Desde aquele cafezinho na copa!
Quando você tentou articular um pouquinho de sua opinião sobre o que eu dizia, um assunto bastante tocante. Adoção! Eu era voluntário em um orfanato! Mas ao invés de saírem palavras, de seus olhos brotaram sufocantes lágrimas. E eu disse rindo até, seu coração tem comunicação direta com os olhos... grandes e luminosos e vi neles poema puro e cristalino!
Aproveito se você ler, para dizer que te amo!!!
Enfim vamos voltar a MULHER PELUDA! Rsrsrs
Vera se divorciou e como todo processo de separação rompe em dores, ela ficou assim, acabrunhada na vida por um tempo. E o tempo é individual e intransferível! Ficou ela assim, voltou a estudar e entrou na faculdade! Um resgate digno de uma pessoa ávida em conhecimento! Afinal o divórcio aconteceu e seus três filhos ficaram com ela são eles: Athos, Photos e Dartagnam!!!
E naquela ânsia de alcançar o “admirável e assustador mundo novo”, foi se esquecendo de si como mulher mesmo, voltando sua vida para o futuro! As contas, as responsabilidades, e preocupações de mãe!
E aquele cantinho da volúpia e paixão e amor romântico, ficou de lado, empoeirado!
Vera era uma mulher muito bonita, bastante atraente e inteligente de voz doce e pausada com um belo sorriso!
Até que pelos caprichos do tempo que vai passando e gente mal percebe, Vera foi flechada pelo platônico interesse e admiração por um professor que o chamarei de “gato”!
Ela começou a sentir seu olhar durante as aulas, seu gestual, movimentos de maestro regendo sua matéria e seus alunos. E o encanto dela era o sorriso de canto, as mãos suaves e fortes e brilho no olhar que acontece naqueles que amam o que faz e o faz bem.
E essa riqueza toda a encantou!
Gato admirava a exposição clara e maturidade de Vera, mesmo sendo tão jovem! Precisamente 15 anos mais jovem.
Pouco se falavam. Até porque Vera carregava uma certa timidez, talvez impulsionada ainda pelos terrores emocionais, do otário do ex-marido, impregnados na juventude dela!
Foi quando numa noite veio uma inesperada chuva torrencial que coloriram assustadoramente o céu de flashes longos e de sons trepidantes. Vera estava no ponto de ônibus molhada e assustada quando um carro parou e buzinou e então reconheceu Gato, seu professor a lhe oferecer carona!
Era seu meio caminho também já que ele morava uns 2 bairros antes do dela, porém seguiam na mesma direção.
A princípio se intimidou estava amassada e molhada, gelada um pouco de frio!
Mas a alegria dele e seu assunto, foi reconfortando ela e do nada quando percebeu já estava rindo e a vontade. Ele se mantinha atento a direção devido à forte chuva!
Ele disse então: Vera não consigo enxergar nada! Tem algum problema se pararmos e tomarmos um café em algum lugar! E esperar amenizar um pouco essa tempestade!
Ela olhou para o relógio e concordou, pois noticiava no rádio que muitas ruas estavam alagadas! Sua mãe estava com os pequenos e entenderia...
Quando ela viu seu olhar compenetrado no transito sorrindo e aquilo foi lindo que por momentos esqueceu de tudo até mesmo de si. Ele encostou o carro e correram para uma lanchonete que estava com a televisão ligada numa altura absurda e mostrava o caos que estava a cidade!
Ficaram envolvidos numa conversa a princípio sobre a faculdade e depois inserções sobre suas vidas, algo por alto, nada profundo. Mas Vera e Gato estavam em sintonia.
E pela primeira vez depois de tanto tempo. Vera se sentiu mulher! Entre suspiros silenciosos, volúpia e agradecimentos a São Pedro rsrsrs. Aconteceu aquele magnetismo que toma conta da gente em esbarrar as mãos, em olhar o sorriso do outro, em sentir no ar o cheiro do outro e uma incrível vontade de perder-se naqueles braços de Maestro!
A chuva passou, o aguaceiro e alagamentos rapidamente foram tragados para o subsolo  e a normalidade então a levou para suas responsabilidades. E também a seus temores.
Ela então agradeceu e falou que tinha de ir. Ele insistiu com o olhar ela quase cedeu e assim nesse dia foi deixada na porta de casa de forma generosa e doce!
E assim depois de tantos pesadelos noturnos, Vera embalou num sono húmido e confortável!
As aulas foram acontecendo, e qualquer motivo era motivo, para se esbarrarem, se olharem, sorrirem bobamente! Até que um dia ele perguntou se podia leva-la novamente para casa.
E então assim foi...,
Mas não foi tanto! Rsrss
Ele convidou-a par ir até seu apartamento, comer algo e ouvir alguma boa música!
Ela foi..., ele a envolveu e arrancou-lhe todos os beijos e confidencias do desejo! E escancarou os dele como homem, como admirador!
Quando de repente ela lembrou de algo!
Durante o período de luto pós divórcio... ela havia congelado a mulher e seus caprichos de sedução! E só percebeu isso quando pediu para usar o banheiro e dar aquela ajeitada em si!
Toda feliz caminhou ao banheiro, pensava..., Que homem é esse???
Quando se deu conta!
MEU DEUS!!! ESTOU PELUDA!!!
Enrubesceu para si!!! Xingou-se!!! E a vergonha tomou conta... O que ele pensaria? Ele entenderia? E o tesão mestre do romance cedeu a timidez!
Ela saiu e ele só de calças jeans..., lindo e sorrindo falava agachado ao toca disco...,
Vou por essa música para você, Chico Buarque, me lembro de você quando ouço...
E nesse exato momento ela já estava segurando a bolsa e vestia os sapatos..., dizendo me desculpe eu não posso, preciso ir, me desculpe uma outra hora te explico!
Ele ficou de pé! Perdido no meio da sala! Sem entender e sem argumentar.
Seu olhar se intimidou, o sorriso se foi. E nunca mais voltou.
E nunca mais se entreolharam e nunca mais nada aconteceu entre os dois, nem suas aulas mais eram dinâmicas. A não ser entre suas fronhas e lençóis o gosto dele ainda vibrava dentro dela !
Quando ela me contou isso, depois de passado tantos anos, naturalmente ela ria..., e eu falei...
Não acredito Vera?
EU IRIA PELUDA MESMO!!! rsrsss E rimos muito kkk
Leitores por agora é só...

Tenham um dia espetacular e dica nunca fiquem peludas se não gostam de estar assim, vai que? Né não? Rssss 

3 comentários:

  1. Tadinha da Vera.... Fiquei com dó da pobrezinha,o príncipe encantado ali a sua frente e a noite foi um fiasco? Já aconteceu comigo também.Perdi a noite dos sonhos por não estar ´´preparado´´. rsrs Nada a ver com pelos,sou peludo e não me raspo.rsrs Você sabe,né Edson!? rsrs Mas vamos voltar a história da Vera.Arrumou outro príncipe? Ela casou de novo? Hoje é feliz?
    Um grande abraço amigo.Suas memórias são ótimas!

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  2. rsss... sei sim kkk... Não casou, mas teve seus grandes romances. Feliz ela é sim... Uma grande querida!
    Abraços sempre

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  3. rsss... sei sim kkk... Não casou, mas teve seus grandes romances. Feliz ela é sim... Uma grande querida!
    Abraços sempre

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