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BJSSS AEEE A TODOS DE EDSON CEREJEIRA
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Olá, estarei postando um pequeno romance que relata a história de um nordestino e sua luta e sonhos... Espero que possam apreciar... Obrigado
Autor Edson Cerejeira... escrito em 2009
TITULO: Stalin Xavier Guevara da Silva Santos página 01
DOS PAIS
"Stalin Xavier Guevara da Silva Santos"
Onde o pai era um pouco molenga, um pouco beberrão e de bom coração...
Tão molenga e atento como o lagarto que se aquece ao sol. E tão beberrão quanto o dono de um alambique ao receber os amigos em um dia qualquer.
De mãe tão rígida quanto a tábua de lavar roupas no rio ou o silo de moer mandiocas.
Tão severa quanto o sol e de carinhos tão escassos quanto as chuvas neste mundo a correr de vista.
O SERTÃO!
Concebido foi Stalin...
DO SONHO
Certo dia, José sonhou..., Acordou suado, ofegante e estranhamente consternado.
Ficou ali na rede enrolado em si, recordando aos poucos:
Em sonho Sra. Aparecida, vinha com sua pele escura e translucida como fosse de vidro e sorria de forma doce.
"Estranho" pensou..., até então José, achava que Santa não sorria, só olhava!
Trazia em seus braços, um pequeno e sentia este ser o seu rebento!
Tinha olhos abertos e atentos, enrolado em um manto vermelho!
E ao seu redor "Querubins e Serafins", que gracejavam com o menino!
Os olhos da Santa ficaram marejados. Uma lágrima rolou e em chuva se transformou e um grande rio se tornou!
Os "Querubins e Serafins", como magia foram lentamente se modificando, tomando a forma de imensos pássaros, voavam ao redor da Santa e seus cantos eram de uma maravilhosa melodia que José desconhecia neste mundo.
Nesse ensaio passaram a voar ao longe, até sumir de vista e ao retornarem em seus bicos escarlates, ramos verdes e ao redor do pequeno, cuidadosamente trançavam um ninho. E de repente passaram a retirar suas belas e coloridas penas e pô-las com cuidado extremo, beirando a carinho, no interior "do ninho"!
A Santa ainda sorrindo..., Afagou com ternura demorada, os poucos e finos cabelinhos negros do menino. Deu-lhe um confortante abraço e o colocou de volta, no ninho de penas macias.
Fitou o horizonte que o grande rio rumava. Retirou o manto vermelho entregando-o a José, que ajoelhado e maravilhado chorava!
E nu com os próprios pezinhos o pequeno brincava alheio as estranheza.
Branco feito leite contrastando com as mãos divinas e negras da Santa. Esta colocou-o sobre as águas e suavemente, soprou-o suavemente levando o pequeno em seu ninho seguro para águas distantes!!!
José, acordou em sobressalto, o peito meio assim..., de sentimentos amarfanhados!
Deste sonho José, nunca esqueceu, mesmo tendo pouco entendido.
Porém sentia que novo destino ali começava.
E foi neste dia que Stalin nasceu!
pagina 02
DO PAI
Assim foi, onde somente o pai imaginava. Sta..., como era conhecido, um nome difícil de falar e incompreendido naquelas paragens onde nasceu e cresceu.
Ambos marcados e incompreendidos.
"Pai e Filho", um pela perda e outro por destino!
O pai como todos que já foram migrantes, almejava no rebento algo de um mundo fora o seu.
Pois quando migrado para a cidade grande, José presenciou naqueles tempos muitas transformações que não havia no sertão e mudou de trabalho tantas e tantas vezes como alguém que estoura balões e sonhos.
Palavras eram ditas.., sussurradas, as vezes nas ruas e avenidas. muitas outras vozes se elevavam....
Foram tempos difíceis, gente sumia, gente morria!
Idealistas, comunistas, sensacionalistas, carniceiros, atentados, guerreiros, assassinatos, emboscadas, traições, direito civil extirpado, bombas, diligencias, corruptos, fascistas, dedos duro, repressão, ditadura, espionagem, dinheiro e subversão, governo-tortura!
Parecia a cidade um bueiro e se não o País inteiro!
assim nestes tempos havia ouvido sobre mártires, sem muito entender, portanto achou bonito, pela beleza que compõe a história, mesmo com a ausência de conhecimento total.
Mistérios destes que sabemos existir, porém não somos capazes de definir ou mesmo descrever!
Então coisas aconteceram de dar medo, por sorte a gente esquece dos horrores, feito data de aniversário, tem dia certo pra comemorar e depois deixasse de prestar atenção e continuasse envelhecendo!
Espantou-se José, neste mundo de conflitos e de vida dura, como num deserto que mata de sede e sucumbe o Homem ao castigo, por ser um migrante..., intruso no seu terreno!
Sentia-se assim o pai de Sta..., José
Olá pessoal aqui é o Cerejeira de novo... continuo amanhã, grande abraço e obrigado
Página 03
DO PARTO
E Stalin surgiu numa noite cheia de noites como outras quaisquer; das parteiras que circulam entre sol e luas em seus trabalhos abençoado, das velhas das vilas, divinas com suas mãos em todos.
Instruídas por Fé e tradição!
Stalin o nono da vida de morte de Maria.
Após o parto fácil como todos os outros, de mistérios cobriu-se num manto vermelho..., Maria!
Deixou José, unico nome e patrono da família, assim meio que picado de abelha, doído e coçandp-se na dor!
Enterraram Maria, a farinheira..., Nas dores, nos cantos ..., Nos encantos..., Das rezas e no"parto".
DOS FILHOS
Contrariando as assombrações da alma humana! José fincou seu amor em Stalin. Na tentativa talvez de fazer birra pra Maria por te-los deixado,
E dizendo como sempre dizia (em falso tom zangado)!
Olha aqui, faço melhor que tu, Maria! Pois este não era nem de longe homem de assuntos inacabados.
Cuidou de todos, especialmente de Sta..., como ninguém viu naquelas paragens.
José, a princípio, sentia velados ciúmes de seu filho, somando a dor da perda e o desespero de ver-se só com todos os filhos. Porém recordava do sonho com a Santa..., o que lhe trazia forças!!!
DAS RAÍZES DE JOSÉ
Dona Benedita e seu Aprígio, em seu lar o tinham acolhido, quando ainda muito pequeno, (tinha menos de um ano).
Pois sua família debandou, para onde ninguém sabia!
Sendo ainda muito pequeno, seria um estorvo dos difíceis tempos que estariam por vir!
O pouco que sabia José, é que seu pai de nascença , foi que saíra as pressas em meio a escuridão da noite com sua mãe.
E, no lombo de jegue, seguiram munidos tão somente de carne seca e farinha, rapadura e muito medo!
Pois estava seu pai juramentado por um "cabra", tão ruim como o diabo e que matador era por qualquer vintém!!!
Mesmo sabendo somente dessa passagem dos seus antepassados, mantinha José, a alma agradecida e sentia no casal de velhos, algo mais do somente gratidão.
Era o amor que se instalara no coração do menino!
Vó Benedita e Vô Aprígio, assim os chamava, Sendo envelhecidos pelos anos e dificuldades, nunca puderam ter filhos e o acolheram com gosto!
Foram bons com José e deram-lhe tudo o que um homem precisa, dessas coisas que ficam dentro da gente e que nada no mundo tira. DIGNIDADE!
Página 04
Quando lhe vinha as lembranças dos velhinhos, José sentia ate o cheirinho de quindim e o cheiro do fumo de mascar de Aprígio.
Dona Benedita era ótima benzedeira, toda zelosa.
E quando ainda era forte vivia lhe enfiando goela abaixo colheradas das suas alquimias e dizia:
Com pena velada nos olhos. Isto é pros ossos, isto ou aquilo pra alma espantar os fantasmas e isto pra lombriga..., Este pra não dar preguiça e este pra não ter pesadelos e assim ia...
As vezes ela olhava nos seus olhos e sem nada dizer..., Lhe segurava pelos pés e tacava-lhe ervas e alho e óleo e murmurava rezas, pois o menino tava de bucho virado!
Ela tinha um cheiro especial, destas memórias que a gente não esquece, cheirava a quindim, pois era ótima doceira. José quando pequeno e mesmo depois de grande ficava ao lado dela, na cozinha do fogão a lenha, raspando tachos e molecando e se "melecando" inteiro!
Já seu Aprígio dono de um sorriso escuro e bondoso devido ao fumo que mascava, com ele aprendeu ir pra roça, cuidar dos bichos.
E aprendeu ser todo prosa!
E soube dele que se um homem se sete digno consigo, o mundo deixa de ser um perigo!
José ão se remendou, Foi orgulho a estes dois!
DOS FILHOS
Porém continuando..., Quando a fatalidade do destino a levar Maria..., Seus "pais" já falecidos ha tempos.
E mesmo no tempo do tormento, floresceu a amabilidade em José e assim aceitou Stalin assim como ele mesmo foi aceito por Dona Benedita e Seu Aprígio! Não que ele preteria Stalin aos outros filhos, mas estes tinham tinham o calor e amor da mãe e Stalin nem um tiquinho...
E percebia de algum jeito que o mundo precisava deste pequeno como nenhum outro.
Cada um dos seus tinham grande importância no mundo de Deus!
E diziam ao redor das sombras que as poucas árvores do sertão, na troca de conversa das comadres, na fogueira do sertão!
Que era a alma de Maria, rondando e domando José. A qual só não era alma penada, quando dormiam bem cuidadas suas crias e assim lá estaria Maria, tranquila dormindo junto aos seus! E não com José, claro!!! Pois alma de mãe não faz mal nem pecado!!!
Olá pessoal aqui é o Cerejeira, por hoje paro por aqui..., espero que estejam apreciando.
Imenso abraço até amanhã!!
PÁGINA 05... 28/05/2016
DA IDA E VINDA DE JOSÉ
José homem experiente, já havia rodado em muitos lugares, como lavrador, peão, boiadeiro, ajudante, garimpeiro, pedreiro e até tentou ser um humilde trambiqueiro. Porém a sua boa alma nordestina o tornou ingênuo a esse destino.
Morou na cidade grande, antes de casar com Maria, uns bons anos...
E antes que acontecesse de esquecer de si e tornar este fato infértil "sua alma". Voltou com tudo o que tinha.
Um radio a pilha, uma televisão (mesmo lá não tendo energia) e um pouco de dinheiro juntado as marras para comprar algumas galinhas e talvez cabras.
Portanto retornou com o desejo de ter uma mulher de fibra, com o cheiro do agreste, com sabor de campina, como pepita bruta! Que na cidade grande não havia! E olha que havia muito procurado, posto que várias raparigas ficaram entristecidas com sua ida!
DA PAIXÃO
E assim encontrou Maria. Suada de cara amarrada, quase selvagem de tanta ignorância!
Mas de cheiro lancinante que corou José, que deu febre, que não passava...
E Maria de teimoso ou orgulhosa, não dava a mínima!
Porém naquele sertão, ele próspero, pois já tinha muito viajado, tinha galinhas e alguns diziam que logo teria algum gado.
"Um bom partido", ele se comprazia... Ao ver os suspiros das moças que lhe queriam.
Casou Maria pela entrega da mãe!
Pois a moça taca crescendo e "crescendo demais de bonita"! E como moça assim não presta pra vida naquelas cercanias, entregou como garantia Maria, antes que se perdesse entre as cercas e desgraças da cobiça!
DO CASAMENTO
Maria, lustrada pela juventude, pele morena, corpo formado, não podia ficar solteira e como toda menina moça, tinha lá seus devaneios!
As vezes lá no riacho, quando ia bater roupas e na água geladinha, ia ela entrando, sentia uns arrepios lhe coçando, quando envolvida suas "partes" e seu ventre..., Causava espanto!
Corava ali sozinha! Ai que pecado meu Deus do céu.... dizia pra si..., mesmo sem ter noção do que lhe acontecia, mas como passava da quentura ao desmanche..., Não era coisa boa... Não! Temia Maria.
E pra sair desse remanso batia a roupa com toda força!
Sonhava, sim ser pedida em casamento com formosura e lisura. E que fosse um moço danado de bonito de dar encantamento!
Mas como a vida é mais dura pra uns do que para outros.
José foi e deu a Dona Ernestina, "a mãe", duas cabras, algumas galinhas e lá se foi o sonho de Maria!
PÁGINA 06 28/05/2016
DE MARIA
Maria nunca sorria, tão certa que se o fizesse, quereria sorrir mais e mais. E se isto se concretizasse como seria sua "vida", naquelas cercanias!
Brotou então a farinheira. Que com golpes fortes, passava o dia a massacrar e transformar em farinha..., "Sonhos"! Desejos! Alegrias!
Recebia José como uma filha. Pois tinha idade pra isto. Gostava um pouco..., Porém embuchava logo e foram entremeados sem descanso sua prole. Cumprindo assim a sua sina da mulher agrestina, povoar o mundo e disseminar a cada destino a força que tinha!
Havia assim se embrutecido a vida de Maria!
Que cuidava da filharada, da casa, da farinha, das cabras, das galinhas, do José, da mãe, das vizinhas, das amigas...
E talvez foi-se embora tão cedo pra cuidar de "SI"!
...A VIDA CONTINUA
Ficou José, embaraçado pra cuidar da roça, do alambique, das crianças, da casa, da comida, da farinha, das cabras, das galinhas e dos amigos. É isso mesmo nordestinos se cuidam!
E com o passar do tempo sem fornicação, passou a querer cuidar das vizinhas rsrsrs....
Até que encontrou Vindinha, mulher feia, no entanto rápida em tudo o que fazia e que sorria...
DE VINDINHA
Vindinha, nasceu ali e de lá nunca saiu. Cresceu mais "uma" entre 17 irmãos. 11 de pai e mãe e 6 só de pai.
Da mãe quase nada lembrava, pois era pequena quando esta faleceu. Muito vagamente dela recordava somente dos cabelos longos e pretos e o sentido de um sorriso...
Foi crescendo assim meio que cuidada pelos irmãos, meio se cuidando e meio cuidando dos que a cuidavam!
Aos 10 anos era uma menina alegre e de pele bonita!
Foi "usada" por quem? Ninguém sabe!
E na dor da vergonha foi sendo sub julgada pela madrasta!
Como se auto castigasse, na culpa que não tinha, foi engordando, sua pele engrossando ficando meio cinza, sem viço! Seus dentes estragando e seus olhos antes finos e delicados foi se arregalando como se estivessem sempre assustados!
José, que de tudo sabia, desta terrível história, casou com Vindinha!
Mais por compaixão do que por convicção, pois "amor" este era só de Maria!
E fez o ditado: O Útil ao agradável! Precisava de companheira estável, pra criar seus filhos com decência e bondade e disto sabia ter sobrando em Vindinha!
Precisando de alguém para cuidar dele sem exigir amor desenfreado, que não o fizesse corno, que lhe tivesse gratidão e admiração!
Sabedor deste passado doloroso desta criatura e sendo que Maria o tinha feito tão feliz, porque não oferecer a a Vindinha o que o mundo havia lhe negado!
Ofereceu a essa criatura bondosa o que ela nunca sonhou! Ser bem vinda de fato!
Vindinha a sucessora de Maria. E ela de tanta alegria..., A vida lhe oferecendo essa poesia... Sorria e sorria. Tinha agora, casa, marido, família!
VINDINHA CASADA...
Já havia passado da idade de casar e realizado o inimaginável, ficou na sombra do que vinha na vida e sorria..., Cuidava do José, das crianças, da casa, da comida, das cabras e galinhas.
Mas nunca se atreveu, por respeito ou um medo infantil em pegar no pilão do silo de farinha de Maria!
Até ia lá, deixava tudo limpinho, mas a noite ouvia como se a consciência "pesada" da inveja que um dia sentira de Maria!
Ouvia o batido cadenciado e até sentia o cheiro de farinha!
Então por precaução, corria a ver as crianças, passar vassoura na cozinha, ver se tava tudo certinho e limpinho pra que Maria não viesse a assombra-la ou culpa-la, cruz credo!
Assim rezava e rezava e se aninhava na rede com José e dormia sorrindo, "certa da aprovação" de Maria!
Olá pessoal aqui é o Cerejeira de novo rsrsrsrs
Amanhã continuarei com mais dois capítulos. Fiquem com meu abraço... fui....
Página 07 30/05/2016
DOS CAMINHOS DA VIDA
Jose prosperou com a benção dos "Santos, que carregava em seu sobrenome", seus antepassados.
Pois quando chovia, dizia: Olha graças a Deus e a Maria!!!
E quando nascia cabrito, pinto..., dizia: Graças a Deus e a Maria!!!
E quando colhia..., dizia: Graças a Deus e a Maria!!!
E nestas falas constantes de tanto prosperar balbuciava vez em sempre ainda..., Mesmo quando o tempo já o havia feito velho como o chão do sertão..., GRAÇAS A DEUS E A MARIA!!!
Ninguém nunca soube e ninguém se atrevia a perguntar a qual Maria, José devotava tanta fé e gratidão. A mãe do mundo ou a mãe dos seus filhos e dos seus sonhos de amores!
Conforme cresciam seus filhos, apesar da prosperidade em que viviam. O mundo abraçava de tempos em tempos cada um dos seus!
Levando-os para longe.
Primeiro foi Genuíno, depois Alvino..., Raimundo..., Valdivina.
E Valdívia também foi depois de embuchada e da vergonha de José correr!
Geraldo fugindo da rinha com o marido da vizinha!
José Filho, em busca da fé ser Pastor!
Raimundo buscando rumo. E Nazaré, de beleza afiada acabou indo trabalhar no seu futuro na madrugada!
E sobre suspiros pensava..., Pois é assim os "filhos escolhem seus caminhos".
E então o mundo cruzou o mundo de José, restando Stalin.
Seu braço direito..., silencioso qual a mãe.
DAS DORES DE STALIN
Stalin quando via Vindinha sorrindo tanto, "velha como encanto", recordava a mãe que tinha matado e sentia-se culpado.
E de doer, tal como a mãe, tinha receio de sorrir e de fugir. E parecia teimar em ficar!
Como José e Vindinha, o caçula via um a um da sua família. O abraçar e chorar. No início não entendia, porque todos os afetos seus, primeiro sorria, afagava seus cabelos o abraçava e chorava e sumia! Como a mãe em sua cabeça de criança. Sonhando que depois de parir, o abraçava, sorria, lhe afagava a cabeça, chorava e partia...
PÁGINA 08 30/05/2016
Stalin caminhava nos sonhos e brincadeiras de menino à sombra de José, por gosto de assim ser ou somente de ausência de sombras no sertão!
Foi observando, mexendo, quicando que aprendeu muito do pai. E Sta..., como era chamado pois era mais fácil de se "dizê"!
Ouvia seu pai dizer: Que quando a "luz" lá chegasse, que a televisão que lá ficou desde que José chegou, iria ligar..., Pra saber Sta..., como o mundo é grande, imperioso, bom, maldoso...
Mas a "luz" que Sta, imaginava, era a das cantigas, das rezas e que a televisão, possuía algo de divino!
As vezes na frente dela sentava, tentando imaginar o dia da "luz" chegada e a televisão ligada.
No entanto, mal sabia este que levaria tanto tempo e que aquela televisão nunca seria ligada.
Porém já tinha Sta, uns 9 anos da morte de Maria..., Quando o pai o levou no lombo de burro à capital. E este decepcionou-se com as luzes que via. Tudo era bonito, sim! Mas nada daquela confusão de sons, imagens, luzes parecia impressionar Sta.
E assim o menino cresceu sem sustos, sem impressão. Até parecendo saber de tudo antes de avisado, pois carecia de impacto!
Não sorria, não chorava, não temia!
Era feliz com o que tinha!
DO AMOR DE STALIN
Este foi crescendo e um dia apareceu alguém mandando-o ira pra uma tal de escola?
E foi..., Sem escolha pois era divertido ser criança a toa!
A princípio foi sisudo, olhando..., Depois mais compenetrado, aprendendo e sentindo algo novo.
Caiu nas graças da professora. Como já era crescido e ela jovem a mais, caiu nas graças dele.
E como brincadeira das 3 graças, como mitologia. Graça a professorinha, foi o mundo de Sta.
Ensinou-o a ler, escrever e estremecer também.
E Graça agraciou Sta, do pau a alma a mente...
Encontrou nesse período a verdadeira luz que por tanto ansiava!
CORPO, MENTE, ESPIRITO!
Porém como o destino espreita o tempo? Ou o tempo o destino?
Graça, também se foi através do abraço, do sorriso, do afago e do choro pra nunca mais...
A professorinha ia se casar... Lá longe na capital!
PAGINA 09 30/05/2016
DA ESCOLA
Graça a professorinha, quando retornou para aquelas terras, contava 13 anos. Havia crescido e morado com a madrinha na cidade. Sendo ela o mimo desta e inteligente que era, lá muito estudou e muito..., Porém quando a "Dinda" adoeceu, tendo que ir tratar-se longe e assim Graça voltou para a casa dos pobres pais. Como lá no sertão poucos eram letrados e Graça que não era dada a trabalhos domésticos, por falta de hábito e não por preguiça! A mãe com ela não ralhava, diferentemente das outras filhas pois sabia que Graça era empenhada nos estudos e deixava pras outras crias a rotina da lida na roça e da casa. Mas Graça, não gostava de ficar sendo a princesinha que a mãe achava. Então começou a ensinar seus irmãos, os prrincípios dos A´s... dos B´s e dos Bas... e percebeu que tinha jeito, pois isto a alegrava!
Passaram então, como natural brincadeira, a vir outras crianças e passados alguns tempos, foram sendo levados a sério e levados por "pulso" e vontade de Graça..., Muitos ja liam devagarinho e escreviam mesmo que de um jeito meio atropelado!
Alguns já somavam e subtraiam. E reconhecendo a seriedade da moça posto o resultado dos pequenos. Os pais destes "pagavam", sem ser pedido é claro! Com ovos, algum bolo quentinho, coisas assim de mimos. O que Graça adorava!
E como José mal sabia assinar seu nome e não querendo que o filho esta vergonha na vida carregasse, foi ter com a menina e seus pais um pedido.
Ergue-se então uma tapera pra melhor acomodação, foi a capital comprou um pouco do que precisavam e voltou orgulhoso com livros de história, ciência, memórias...
Pedindo a professorinha, que assim passou a ser chamada até mesmo dentro de casa, que ensinasse o "seu" a pensar como o "mundo", suas transformações e seu futuro, esquecendo um pouco das equações complicadas pois isso era bobagem, assim acreditava.
Melhor ser conhecedor das histórias e os movimentos do homem no mundo..., Coisas de José!
E nessa boa vontade pra realizar este ato, vendeu 2 cabras e o que se vendeu em 3 meses de trabalho arretado do alambique!
DO INÍCIO DE STA...,
Sta, precoce fechou-se aos mundos dos que partiram e concentrou-se na lavoura, nas cabras, nas galinhas e já tinham umas poucas vacas.
Ia comprar, trocar, barganhar na capital e foi ficando..., "até mais esperto", que o velho e bom José.
Seguia refrigerando sua solidão nos cordéis e livrinhos de segunda mão.
Pensava em escrever, mas sempre que escrevia era sempre em perdas e solidão, afagos, abraços e adeus..., E achando que o mundo ia ficar muito socado se o lessem, desistiu então...
Olá pessoal... aqui é o cerejeira novamente rsrsrs,,, continuarei amanha novas páginas, espero que possam se entreter..., fiquem com meu abraço... até mais...
PÁGINA 10 31/05/2016
DO MUNDO DE JOSÉ... REPARTIR
José tremia de pensar..., O que o coração já sabia.
Perderia Sta, pro mundo. e seu mundo iria se resumir em Vindinha, casa, chão, sol, cabra, vaca, galinha...
Fazia-o pensar: Do que o mundo carecia, para ter de levar os seus! Nada de filhos, nada de Maria e o porque dessas paixões o consumia?!?
E Sta, do que tinha aprendido de Stalin, de Xavier, de Guevara e Dos Silva e dos Santos...
Sabia que se ficasse sucumbiria ao sol e faria parte da caatinga, como o calango e a cerralha viviam!
Partiu Stalin Xavier Guevara da Silva Santos deste sertão.
Com um sorriso, um abraço, um afago e lágrimas do choro..., que repartiu o mundo de Jo´se em 10 como ele dolorosamente sabia!
... UM SORRISO QUE CESSOU
José enfiou-se na terra, esqueceu de Vindinha e que esta parou de sorrir, ficou sem graça da vida e morreu como nunca tivesse estado ali naquela vila!
... DA SAUDADE E DO ABANDONO
E o tempo passou como um vendaval.
Como assombração que a gente vê, mas de tão rápido num se acredita! Cega os olhos, só se comenta, amedronta, arrepia-se, vira poeira e vai-se pelo tempo..., feito pó, feito ilusão!
E José, enfim foi encontrar Maria, "a sua" ou a de "todos", só ele sabia!
... O TEMPO NÃO OBEDECE AS VONTADES
E nestes tantos anos que passaram Sta..., foi ficando encorpado, mais duro, mais compenetrado, muito havia lido, discutido e trabalhado!
Mas Sta, certo dia acordou preocupado!
Sonhara com o pai, sentiu-se amargurado.
Uma sensação doída, estranhando pois não era dado a estes fatos, sem superstições, nem avisos que sejam de espíritos ou oníricos...
Balançando a cabeça como para afugentar os maus pensamentos, denominou que as preocupações constantes com o pai é que o fizera sonhar...
Disfarçando pra si, deixando de lado essas bobagens. Levantou e iniciou a rotina do dia a dia!
Tomou banho, vestiu-se e foi tomar café na padaria da esquina como sempre fazia, Encontrou Zé seu amigo e conversou amenidades.
Zé que bem lhe tinha, perguntou: Se algo acontecia, pois o amigo tava com a cara de cansado, enfim parecia preocupado!
Stalin negou disse que pouco havia dormido e desconversou, pegou seu ônibus, foi trabalhar.
Porém passou toda manhã inquieto, não conseguindo se concentrar, tentou de tudo, em cantar, assoviar, parar de pensar, até conversou mais que o comum de fato! Mas não adiantava.
PÁGINA 11 31/05/2016
Não recordava inteiramente do sonho, somente algumas imagens rápidas lhe vinham na memória
Mas o que lhe atormentava era a imagem de José, coberto com um manto vermelho, sorrindo e de olhos marejados, andando calmamente de encontro ha um grande rio. Conforme ia andando sua figura ia sumindo... até que a água o cobriu!
Sta, que não era dado a imediatismos, foi ter com seu chefe, dono da metalúrgica, dizendo que precisava de uns 20 dias urgente, pra resolver assuntos pendentes!
Estranhando a atitude de Stalin, que não gostava nem de sair de férias e notando a fisionomia de preocupado e um ar de extremo cansaço. O chefe, amigo disse: Que poderia sair de imediato!
Pois de fato o trabalho estava meio parado e ele já tinha férias acumuladas.
Sta, arrumou a mala, foi a rodoviária e tomou por destino o sertão.
derretido de solidão, sisudo, sentiu um coice de mula empacada no coração ao ver o pai, debaixo do chão. As cabras, galinhas vacas e o silo de Maria, cheios de pó do abandono.
Comunicou aos irmãos que tinha como achar, o falecimento do pai.
Desejava lá chegar e ver seu pai já franzino e para expurgar o mau presságio, sentar e ouvir as anedotas do pai
E Stalin, passou a perceber que na vida nem tudo é razoável! E se perguntava se a alma pode anteceder fatos? Que mistérios existem de fato e o que achamos simplesmente não é!!!
DA DESPEDIDA
Sta, ficou contaminado de dor, foi cuidando entristecido de quando em quando do chão, cabras, galinhas... Que estavam morrendo sob o sol causticante do sertão
A chuva parecendo sentir falta dos agradecimentos do José há muito não vinha!
Vendeu os bichos que ainda tinha. Guardou o silo de Maria e uns tempos depois partiu!
DOS QUESTIONAMENTOS
Tentou juntar os irmãos, movido pela pela fragilidade da perda, mas alguns já tão indiferentes ou tão diferentes, não mais conviviam!
Prossegui sua vida... Simples tendo seus prazeres resumidos em trabalho e livros.
Ficando letrado. Tentando compreender o incompreendido mundo..., O seu!
Como a maioria dos migrantes que conhecia, não tinham na cidade grande alicerçado muito. A não ser muito trabalho e pagar aluguel caro!
E pensava nas terras que tinha deixado..., Tanta terra... Seu chão... sem água, sem lodo, nem barro e aqui só trabalho, pouco remunerado, morando assim apertado e feio num mundo violento de fundo opaco.
PÁGINA 12 31/05/2016
Mas mundo opaco em mente que brilha, ou transforma ou quebra a vida!
Assim quebrou-se a vida de Sta, por algum tempo!
Trabalhava muito, recebia pouco e de pensamentos perspicazes tanto, que quase não se fazia entendido em seu meio! E durante certo tempo a bebida o acompanhou nesses entendimentos e seu dia seguinte sempre era vexado. Um amanhecer desmemoriado, com olhos inchados!
E salvo foi talvez..., Pela bondade do pai e rigidez da mãe!
Questionava o que sua alma ansiava?
Voltar pro sertão? Mas como: Se lá já não tinha nada, sem amigos, pai, mãe e irmãos?
Só sol e chão!!!
Necessitava encontrar seu lugar, pois aqui não constituíra lar!
Pois morrer assim teria sido a vida uma bobagem.!!!
E que vida desperdiçada..., Pensava...
Ficou matutando entre várias possibilidades.
E por vezes nesse transtorno falava para si...
Maldita necessidade que faz o homem sair de sua terra por necessidade e não por vontade!!!
Sentiu-se muitas vezes espezinhado, dilacerado de afetos e hábitos.
Ser migrante na cidade grande, era como se fosse convidado a casa de algum amigo num domingo qualquer para almoçar.
Um dia é divertido!
Porém todos os dias torna-se um verdadeiro enfado!
ARRISCANDO
Matutando, sobre inúmeras possibilidades, escolheu vivenciar a mais estranha..., E que o fez intimamente rir, de fato!
Iria arriscar, não tinha nada a perder!
E o que era só um pensamento de bobagem, tornou-se coragem!!!
Antes comprou nos confusos, centros comerciais, pequenas novidades, canetas multicoloridas, baralhos mágicos, brincos, colares, tecidos, flores artificiais, coisas de maquiagem, enfim uma infinidade de perdulicários!!!
Coisas destas que a grande maioria compra por impulso, na sua maioria sem muita utilidade, somente curiosidades!
Olá Aqui novamente é o Cerejeira rrsrs, amanhã continuo com outras páginas.|
Agradeço e grande abraço!
PÁGINA 13 02/06/2016
RUMO A PRIMEIRA CIDADE E A PRIMEIRA CORAGEM... DE MUITAS QUE VIRÃO
Sta, traçou um plano, "esquisito", porém..., Comprou Sta, um mapa, foi até a rodoviária e ao acaso escolheu sua primeira paragem.
Chegou guiado pelo instinto, agora aguçado!
Disposto a percorrer aquela cidadezinha, até então desconhecida, que ficava no meio do caminho de um caminho qualquer.
E que parecia abandonada de tanto que estremecia sua paisagem desta hora da tarde sob o sol forte.
Aspirou fortemente o ar na tentativa de assim derrotar aquele "suador" que a gente sente quando se está acabrunhado!
Parou frente a uma casinha, de madeira pintada de verde, já um tanto desbotado... , Um pequeno jardim com rosas, margaridas e outros coloridos..., Pensou então: Jardim bem cuidado reside sujeito bem afeiçoado, gente de bem!
Bateu palmas, aparecendo uma velhinha e loga atras agarrado no avental desta um pequeno garoto.
Escondendo-se entre as pernas da avó, curioso e cara de assustado, feito bicho do mato.
Sta.., sorriu. Apresentando-se e pedindo desculpas pelo inconveniente. Dizendo ser viajante, vendedor de curiosidades, que se a dona, não se importava. Se lhe pagasse um pouquinho, em guardar suas quinquilharias, para ele poder rodar pela cidade, pois com tantos pacotes, seria complicado.
A mirrada senhora olhou ensimesmada e Sta, mais que rápido tirou do bolso um carrinho dando pro menino, um agrado. Ele sabia que funcionava, pois no bolso direito carregava um colarzinho para uma menina.
O garoto que estava assutado, arregalou ainda mais os olhos, admirado..., Corou, pegou o carrinho e saiu em disparada para dentro da casa, por certo com medo da avó o obrigar a devolve-lo. A senhora então sorriu envergonhada e por "sorte" deste confiou no "moço". Consentiu, dizendo que se necessitasse houvesse, poderia até pousar ali nos fundos no coberto, perto do galinheiro...
se não se importasse. Enfatizando é claro, que seu filho e genro, logo... logo... do trabalho retornariam e que não teria problema caso houvesse precisão. Que ajudariam de coração, desde que o moço ali respeitasse e que nada lhe pagasse.
Stalin, entendeu é claro a preocupação e o aviso desta senhora bondosa.
Humildemente agradeceu, levou os sacos lá para os fundos e antes de guardá-los envheuse de coragem..., De chaveiros, cornetas, canetas, brinquedos, batons, cortes de tecidos... assim espalhados por seu corpo inteiro.
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Ao sair nas ruas meio que "fantasiado", e digamos que ainda um "pouco rubro" da vergonha, provocou os cachorros que fizeram muito alvoroço, juntamente com seus gritos e apitos, convidando, convidando a todos a saírem para ver o que acontecia que quebrava aquele sossego.
E cada vez que via alguém, dizia:
É BARATO. É UMA PECHINCHA!!!
E as crianças iam-lhe cercando e ele lhes dava balas e sorria e conquistando as "donas"... vendeu em uma tarde e num teco da noite "nos bares", tudo o que havia levado.
Pensou, "vai ser fácil"!!!
Como resultado da luz propulsora dos "obcecados"!
Ao retornar para a casinha verde..., entrou silenciosamente para o pequeno "puxado", que limpinho estava, logo ali ao lado sobre uma cadeira havia à bondosa senhora deixado um prato de comida simples e boa, com uma caneca de café já frio..., Comeu tudo, deitou no chão que estava forrado e cansados demais, "ele e o personagem que adotou", dormiram os dois...
DAS ESTRADAS
E seguindo o destino, novamente na rodoviária ao acaso escolheu outra parada, repetindo a mesma sorte em outros caminhos. Encontrou sucessos, embaraços..., Foi lucrando e em algum lugar do caminho, então acabaram os adereços.
Assim retornou para a capital, indo direto para o mesmo confuso centro comercial.
Comprou tudo o que podia com o dinheiro que tinha e que havia ganhado.
E como criança que gosta da brincadeira. Lá foi Sta, comprou uma perua, tão velha, lenta, boa e resmungona, como uma bisavó!
Traçou outros caminhos, ladrando com os cães, distribuindo balas, docinhos..., Apitando, vendendo lenços, aneizinhos, buzinando...
Então pintou sua perua com vários coloridos e desenhos esquisitos, e dizeres em que se liam:
É BARATO!!! É O MUNDO DA PECHINCHA!!!
E lidando com esta novidade foi ganhando liberdade!
Sta, assim o fez, cruzou as pequenas pobres ou prósperas cidades. E quando encontrava algo diferente, barganhava e assim renovava o interior da perua, para as pessoas de outras paragens e outras curiosidades!
Foi indo qual o destino, " nas advinhações das cartas..., Impreciso". Um mundo de rostos estranhos tornou-se então o seu. E por vezes pensava nas pessoas que não o abraçavam, não choravam e por vezes acenavam com sorrisos tímidos a sua partida.
E de tanto vender e comprar e vender..., Sta, demorou tempos , muitos assim. Indo e vindo para chegar a lugar algum.
Conheceu Sta, se não tudo, quase isso!
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De acanhado passou a articulado. Tornou-se homem de muitas histórias, vivencias, memórias...
Tanto sua estrada tornou-se longa, foi "enricando" e a amigos se afeiçoando...
A perua que tanto o serviu, morreu e Sta, se viu obrigado a enterrá-la, como a um bom amigo! Assim para economizarem suas andanças, pois tinha para a capital retornar sempre, comprou um velho ônibus que pintou novamente nas mais estranhas combinações de cores e dizeres:
É BARATO!!! É O MUNDO DA PECHINCHA!!!
Fez de lá sua casa, seu trabalho, seu mestrado. De andanças aprendeu Sta, que este mundo é grande e que "um grande mundo vive em cada um". Sta, conheceu muita gente boa e ruim, rica ou não, colorida de alma e de pele, cheias de feridas ou de amor. Gentes diferentes, espertas ou indolentes enfim assim foi... Nestas estradas se enroscou entre as pernas de muitas mulheres, porém nenhuma o domou.
Sim, claro, que o coração por vezes esmorecia, as pernas bambeavam mas superados os primeiros suspiros, estes passavam. E o que poderia ter sido não era e a paixão se ia e de carinhos ele era sim Depois do estremecimento do gozo, ficando somente na memória, a recordação!
Acarinhava-as, achava nas mulheres a mais rica graça até mesmo a que elas próprias desconheciam. As enrrusbecia..., do seu jeito, brincava de coisas estranhas e elas tremiam em seus braços e também tinha ouvidos para os seus queixumes... As ajudava como e onde podia. Mas já as avisava, desde antes e depois dos atos: que lágrimas de mulher doida o mandavam para outros lados.
DE OUTROS APRENDIZADOS
Nas muitas cidades que cruzou.Sta., Aproveitou o que tinham de bom. Entre conversas e caminhos, sua sagaz inteligencia a tudo absorvia. Muitos foram os ensinamentos. Assim dizia:
Que tudo é bom e mal, que tudo se aprende e que a vida é um desafio e não um desatino!
Conheceu várias crenças, aprendeu a "dar e omitir" opinião!
Aprendeu como plantar grão, pão, flor, tecido, ferro, construção, carro, bicicleta, cão..., E pronto lá estava Stalin Xavier Guevara do Silva Santos, sempre aconselhando, cuidando por onde passava..., Nada lhe escapava.
Dizia para si e pros outros, só causar espanto que não tinha idade, cidade, nem bem nem maldade! Era muito procurado pelos os que já lhe conheciam e por aqueles que iriam vir a conhece-lo.
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Porém depois de muitos sonhos, vendas e encantos, amigos e desencontros, Sta, sentiu uma certa emoção, que há muito não lhe acossava, um tanto diferente!
A brincadeira cessou...
DO RETORNO
Ganhou dinheiro " o bastante", mas sentiu falta de chão e resolveu chegar ao destino aguardado nos anos passados, do qual havia já quase se esquecido!
Segui Sta, pro sertão, sem parada e de cabeça vazia sem ter raciocínio claro do que pretendia.
Com intuição seguiu o que mandava seu coração. Havia porém por sua vez, um certo brilho em seu olhar e um sorriso meio que atravessado em seus lábios.
Quando Sta, chegou nas terras que pertenceram a seu pai e mãe. Ficou de peito abandonado, como lá estava!
O povo desprovido de tudo..., Comida, vida querer. Seu ônibus assim chegou como se fosse um disco voador, chamando a atenção de todos "os poucos", que como fantasmas ali habitavam.
Crianças, anciãos, até do gado que estavam morrendo da sede e fome do sertão! As terras estavam lá rachadas as poucas cassas em suas maioria se encontravam abandonadas.
E pensou: Isto não pode continuar.
Começou a limpar a casa que fora de seus pais e que capenga estava, tanto pó e bicho que desistiu. Limpou somente o fogão a lenha, pois sentia saudades de assim cozinhar, foi então pegar madeira e cozinhou feijão, mandioca, arroz e um pouco de charque.
Quando um pequeno garoto dos olhos arregalados da magreza, parou na porta ávido da fome.
Sta, pode ouvir sua barriga "bichada" pedindo comida, além da cerralha. Brilhou os olhos do garoto na angustia precoce, daquele já infeliz, pequeno e condenado. E pensou..., "Vida abandonada"...
Chamou o moleque, pôs um pouco de comida no prato, cuidando pro garoto comer devagar, pois nesse munda fome, receio tinha do pequeno não aguentar.
Falou pro garoto em tom inconformado: Isto não pode continuar assim!!!
Porém o ouvinte parecia surdo e mudo, não falava, só olhava pro prato! O que fazia Sta, imaginar..., O que se passava com seu mundo!
O garoto comia e suava e os olhos antes angustiados agora meio que sorriam e agradeciam. Foram ficando meio assim... esquisito, até que colocou tudo pra fora e o olhar agradecido passou para envergonhado e culpado por ter a comida desperdiçado.
Sta, o levou para a mãe, guiado pelo menino ainda torpe, lá encontrou uma senhora magrinha, era a avó, aparentava mais velha do que merecia, cozinhando cerralha e sal, para uma prole de pequenos rostos e grandes olhos vazios. Levou até ela alguma comida que emocionada agradeceu primeiro a Deus e depois a Sta, que pensou, como pode ainda agradecer a Deus diante esta situação? Posto que é certo, divagou..., "Se esta gente perde a fé"... Perde a vida...
"Estranhos são os caminhos que levam ao Senhor"... pensou (mais por ironia do que por fé):
Tamanha humildade naquela vila, que sabe de cor estar frágil demais para um mundo melhor. Consciente que sem Deus não tem sentido ter vivido e que seu caminho já se encontra curto pois está muito bem traçado. Esperando o bem divino pra alma e lá encontrar a paz que aqui não há!!!
Olá pessoal, aqui agora é o Cerejeira rsrsrs... amanhã continuarei a postagem... tem novidades para vir. Agradeço e enorme abraço...
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DA MORTE DO VILAREJO
Nos dias seguintes foi ficando de conversas. Assim soube que o riacho secou então a terra rachou e agora a vila era de anciãos, mulheres e crianças. Abandonadas pelos seus na busca de trabalhos nas grandes cidades.O que era para muitos uma afronta do diabo, posto o que fora fora um pretexto do destino ir à busca do remediado, tornou-se a vila dos abandonados.
Muitos, a maioria jamais voltariam. Lá já não havia dinheiro, justiça do homem ou Divina ou governo. Não havia prefeito, funcionários, nem provento, somente descaso e desprezo.
DA CONSTERNAÇÃO A BUSCA DE SOLUÇÃO
Sta, foi para a capital um tanto longe dali, falou com engenheiro, prefeito, bispo, pastor, agricultor, comerciante, banqueiro, encanador, bombeiro e passados um tempo qualquer voltou. Financiado pelo banco, igreja, prefeitura pois Sta, era ótimo negociador.
"Que se esclareça desde agora", não por Stalin que ele não precisa, mas sim a você leitor!
Stalin havia feito dinheiro, penhorou seus imoveis e suas economias, que não eram tantas assim porém prevaleceu um de seus dons, era ótimo articulador.
De mais a mais é bem verdade que milagre quando tem de vir, não há nada que esmoreça, aconteça o que aconteça...
E digamos que aqui se vale apontar a frase que anteriormente já lemos.
"Estranhos são os caminhos do Senhor"!!!
Pois assim como o ferreiro nasce pro aço, o astronauta pro espaço, a abelha pro polem, o artista para palco, o sorriso pra vitória e a vitória para o abraço.
Quase oníricamente aconteceu...
O sertão precisava de Stalin e ele apareceu...
Voltou então ele, com sacas de sementes e plantações no pensamento.
Passados alguns dias por lá chegou... O engenheiro... o Pastor com obreiros... O encanador e outros...
Trouxeram para lá imas engenhocas com manivelas e correntes, movidas a diesel e mãos pesadas e nas terras de Sta, foi esquadrinhada a água e fez-se o poço artesiano e de seu veio cristalino e pungente, incansável feito artéria de gente...
Depois dos barulhos das máquinas que faziam espantar as araras, ribombando como falso trovão, jorrou primeiro o barro e depois o futuro de um lago e Sta, disse:
Mesmo sem a fé dos cristãos.
"Graças a Deus e a Maria"
Talvez buscando nesta recordação a benção de seu pai e mãe ou do pai e mãe de todos.
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DOS AMIGOS VINDO... DO INICIO
Sta, escreveu pruns amigos: Pediu ajuda, pagaria suas despesas de viagem e que se estivessem dispostos e não tivessem muito a perder e pudessem dispor desta distancia e dos tempos, convidou-os para ali virem.
Surgiram então naquelas cercanias, com mochilas e idéias minímas do que o amigo pretendia!
Porém dispostos a trabalhar no queria Sta.
Este comprou por ninharia algumas terras vizinhas.
Traçou planos, organizou as poucas mulheres que tinham forças para trabalhar pôs o destino para andar!
Dos muitos que escreveu, chegaram os primeiros.
Estevão com seus cabelos de fogo. André, forte e atarracado. Passarinho como já diz o apelido, mirrado e fraco e Jota um borra botas, mas todos bons e sem chão!
Braços fortes e vida dura! Aravam, irrigavam e a terra no seu devido tempo respondeu.
Dos suores dos corpos aos brotos do chão. E desta beleza que a vida trás, fez-se os olhas daqueles que la moravam murmurar.
Arrumaram as cercas, construíram galinheiro..., Comprou Sta, cabra, pinto, ração, jegue e uma vaca já prenha.
E conforme jorrava a água, brotava da terra à vida. Plantaram cana e Sta, ensinou a Jota a moenda de seu pai pois Jota que era avesso a bebida, depois de quase perder a vida para ela.
Assim, o incumbiu das responsabilidades do alambique. Pois temente como era não sucumbiria ao vício. E de gosto apurado e experiência de fato , saberia este reconhecer os melhores sabores e odores que compõem uma boa bebida.
Pra vender na capital as cachaças com ervas que aprendeu nas viagens.A promessa destas ervas que aprendera eram muitas, que curavam medo, deixavam homens e mulheres selvagens e pra procriar criavam milagres.
Trabalhava obstinado Sta, deixando a todos exaustos, ao redor da fogueira do bate papo movido a lenha nas noites de brisas quentes!
Primeiro foi alimentando a terra. A terra alimentou as mulheres que alimentaram as crianças, que alimentavam os bichos.
CAPITULO 19 06/06/2016
DA COOPERAÇÃO
Sta, escreveu para outros tantos amigos e conhecidos:
Conseguindo que chegasse até lá: Roupas, sapatos, remédios e uma infinidade de coisas.
Até receita de bolo, ração pros animais, dicas na lavoura e dicas de irrigação, sementes, idéias inovadoras de plantações suspensa, conselhos dos mais diversos e até mesmo místicos.
E tudo era aproveitado!
E trabalhando durante o dia e escrevendo a noite, todos os dias, chegava algo em suas mãos, percebido isto pelas datas das postagens pois o correio ali não chegava e Stalin a cada quinze dias, mais ou menos, ia até os correios e voltava cheio de cousas nos braços e no rosto o sorriso, qual um menino!
Certa vez chegou por lá 2 caminhões, pois ganhara de um grande fazendeiro amigo seu, um casal de porcos, de gado, de pato, peru, codorna, coelho, ovelha.
Dizendo-lhe bem humorado que o amigo era "amigo" Noé... E disse bem Stalin ele começou assim e que Deus lhe acompanhe!
Neste período uma senhora estrangeira, amiga sua. Foi até lá, passou tempos ensinando as mulheres, (apesar de seu forte sotaque, que fazia rir as moças e vexar as velhas que ão lhe compreendiam), o tear de tapetes, o enfeitar de brocados. Construindo alguns teares ela se foi, deixando o aprendizado.
Com o tempo foram chegando mais alguns amigos ensimesmados, meio perdidos... meio quebrados e alguns com esposas e filhos nos braços.
DAS CONSTRUÇÕES
Outras cabanas foram levantadas, construídas com o próprio chão, as mãos no barro!
Alegres as crianças brincavam pisando a terra e água, misturando travessuras, capins, lutinhas e enlameados todos ficavam.
Certo é que tudo era tosco, bem simples, mas tinha por exigência de Stalin, algo de agrado aos olhos e cada morador tinha que trazer à sua moradia um qualquer de encanto!
Ficando a vila com ares no mínimo engraçados.
Pois sabia Sta, que a vida por mais simples que seja corre atrás da beleza pois se aqui não há é de lá que o coração vai buscar, tão certo isso, como é o fato, que antes do sol nascer, prenuncia o galo!
E Stalin, como já comentado a tudo era antecipado, carente das surpresas sempre sobrepondo as evidencias. Sempre havia e sua mente algo planejado. Assim conforme a demanda merecia, crescia "arejada" a vila.
E aumentava a responsabilidade de Stalin. Ele dizia: Não dá para parar e o jeito era para a frente andar.
E assim Sta, direcionava aqui, escrevia ali... Ganhou algumas terras de ninguém. Plantou milho, mandioca, algodão e a terra antes desenhada de vincos e rachados, formou-se como um lindo e caprichado bordado de verdes variados!
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DO AMIGO
Um velho índio, foi até lá ensinar a fazer remédio das plantas e ervas, juntando aos conhecimentos das senhoras da vila e Sta, de tudo aprendia e de tudo um pouco fazia, só não benzia, pois sua fé era curta, faltando a ele essa poesia!
Consegui a visita do dentista, do médico e em breve nenhuma criança sofria dos males da lombriga, barriga d'água e dos dentes estragados.
Passaram tempos difíceis..., Sim! Mas depois de ido o tempo, tudo se produzia..., Se vendia.
E o povo comia!
Foram voltando aos poucos alguns dos filhos e maridos que se tinham ido atrás de trabalho e de sobrevivência, preenchendo as almas das mães desassossegadas e os corações das esposas do amar mutiladas.
A vida foi tomando ares de diversidade. Tamanha quantidade de culturas e hábitos diferenciados.
Passou a ter um colorido de trejeitos e trajes.
Gente do norte, sul, do leste e oeste e até os estrangeiros, estudiosos, filantropos...
Vidas de contrastes. Mas o que Stalin apreciava ademais eram os olhos com que cada um olhava... Um quê de orgulho... senão isto, de convicção!
Qual a sensação de ser abraçado por um amado ou ser lembrado num momento de solidão ou o compartilhar de uma boa notícia.
Destes olhos, cada quais diferentes, puxados, castanhos, verdes, arregalados, fundos, juntos ou separados..., Mantinham uma espécie de quietude, quase uma possível felicidade ou a confirmação dela!
O que sucedia talvez fosse uma insurgência da necessidade, da falta de sociabilidade e desta vulnerabilidade... algo além da utopia, emergiu!
DO RETORNO DA FAMÍLIA
O que deixou Stalin muito feliz foi a vinda de dois irmãos com suas famílias e uma irmã sozinha...
Valdizia, que cansada da vida de diarista, depois de ter perdido seus dois filhos:
Um pras drogas outro pra cobiça e o marido pras bebidas, veio trabalhar com o irmão em busca de esperança no coração. E de alma que se tomou por isso, silenciosa, foi o braço direito de Sta.
Além destes que vieram e ficaram para viver e no trabalho cooperar, veio alguns outros, para reclamar o dinheiro das terras agora frutificadas, fingindo-se injustiçados, trapaceados.
Quanta decepção perceber que os seus assim pensavam. E para evitar problemas pagou de seu bolso o sossego.
E para evitar problemas futuros, somente para aqui documentar.
Organizou uma ONG, e dela lá tudo era, desde um prego, as máquinas, os bichos e a terra!
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DOS PENSAMENTOS
Coisas assim faziam-no pensar!
"como filósofo que era", buscando em variadas vertentes, temas e conceitos, algum entendimento:
Qual objetivo do Homem, porque somos tão individualistas?
Será que Deus apressou-se demais, pois revela a gênesis, que a criação do mundo de fato deu-se em 6 dias pois em um a mais ele descansou...
O que era um tanto rápido pra tanta alquimia.
Que a natureza é perfeita em seu processo de evolução como Darwim, afirmou!
E porque o Homen que nasceu do barro, faz parte dela... tanto errado agia?
Uns dizem que somos o mais próximos do que Deus se revela, através de nós e "nossa consciência",
se manifesta... E quando dito isto é bem a verdade que somente "as virtudes " se observa!
Mas Stalin, desconfiava que algo deu errada nessa esfera. Que se instalou no meio de nós uma lacuna e que no passado remoto, não aceitando nossa fraqueza pros males, criou o Homem, um mito o "Diabo", meio que assim, para nos redimir da culpa da imperfeição e assim preencher este espaço, para "taparmos" o que cavamos com a própria terra que retiramos!
Por vezes Stalin, achava que nos encontramos em desvantagens com essas quimeras, posto que se até uma formiga que ao nascer já é plena pois nasce sabendo o que tem de ser, sem esperar, sem buscar já é e ponto e fim!
"Seria mais fácil sermos assim"!!!
DAS DIFERENÇAS
Certo dia numa prosa o índio velho, o aconselhou:
Olha amigo, aqui já tem muita gente! Gente do sul e do norte, gente branca e preta e amarela, gente cansada e gente cheia de esperança, gente moça e gente velha, gente que lê e gente que não, gente de fé diferente e gente sem..., Loga vai dar confusão!
Por dinheiro, por inveja, por vício ou egoismo. Tem de ser tudo igual, como povo índio, tudo viver junto!
DOS ACERTOS
Stalin, lhe entendeu e percebeu uma pouco da razão!
Centralizou a cozinha, dividia as tarefas, organizava à venda do que sobrava e depois de tempos já habitavam ali mais gente que o imaginado!
O trabalho foi crescendo. As crianças lendo na roda de leitura em volta a fogueira, livros doados... que ficava a disposição sendo já estes ensinados nos cuidados que teriam de ter.
montaram uma pequena "escola", onde quem sabia ensinava de tudo: A fazer carrinho de madeira, vaso de barro, boneca de pano, plantar flor, poesia, cuidar de boi, escrever e ler, tudo para adultos e crianças.
As crianças adoravam ouvir aula debaixo do pé de jatobá e todos aprendiam, pra saber o que melhor podiam fazer, seja cantar, dançar, somar, pensar...
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DAS CRIANÇAS
Stalin, não tinha muito jeito com as crianças mais por falta de hábitos do que por afinidade. Porém sempre que podia lhes denotava especial atenção... Corria pulava, ria e estes eram um dos poucos momentos de descontração.
Devido ao tempo que suas tarefas consumiam.
Adentro esta atenção ele queria incutir nessas pequenas mentes e corações as possibilidades de crescerem, instruídas não só por intelecto, mas principalmente na emoção, pensamentos destes herdados do seu pai... Talvez?
Certo dia diante uma das brincadeiras, surgiu uma ideia se era boa de resultados ou não...
Não era importante pois devia ser interessante...
Neste tempo já era comum Stalin receber visitas interessadas em conhecer a já tão comentada "vila".
E num dia destes, estava ele apresentando o que um grupo de estudantes indagavam curiosos ou admirados.
Quando uma jovem muito descontraída como os jovens são em sua maioria,, perguntou com um meio sorriso... Seu Stalin, estive observando todas as crianças que vi carregam consigo um bichinho diferente, galinhas, cabritos, porquinhos... quando o normal, não seria cão e gato?
Ele sorriu da observação da moça e disse: Que uma certa época instalou-se, não sabe o porque um medo geral de mulas sem cabeça, curupira e coisas assim das fantasias..., e ele estava a brincar com estes e num certo momento... que estava anoitecendo, os pequenos passaram a se entreolhar, meio que assustados e falou um deles que ia pra casa rezar pro seu anjo da guarda, que estava chegando a hora do medo...
Então perguntou: O que são estes anjos pra vocês?
Ahhh ele nos protege do lobisomem falou um... Ahh ele não deixa a gente cortar o pé... Ou ahhh quando a gente esquece de estudar na hora da prova ajuda a tirar boa nota... Não deixa a gente levar bronca quando fazemos algo de errado disseram outros... e principalmente disse uma... pra nos proteger no escuro quando a gente dorme e todos concordaram..., Coisas assim do mundo dos pequenos!
Então fez uma brincadeira se cada qual não queria ser o anjo da guarda de um bichinho, assim ambos se protegeriam... A moda assim pegou e cada qual desfilava com o seu anjo-mascote. E não teria como ter tantos cães e gatos assim... e o jeito foi improvisar e riu... Alias todos riram e acho que até lembrando dos seus medos infantis...
Mas certo era e já sabia que onde ele punha as mão, ninguém discutia, posto que já era certo que o certo viria. Como o tique e taque de um relógio pontual e inexplicavelmente os resultados todos já conheciam.
Era um ser positivo. Visionário que era, enfim nós não vamos aqui nos demorar, pois as particularidades de Stalin, já não se faz necessário evidenciar!
PÁGINA 23 07/06/2016
DOS ACERTOS
E assim se vendia na cidade as rapaduras os melaços, as pingas com ervas e aromas inatos, os grãos os bolos, os queijos, os tecidos, os brinquedos, os enfeites, as rendas, os legumes, as carnes de sol dos coelhos, porcos, codornas e tudo que dali se produzia, pois farta estava a vida.
Sta, administrava tudo muito bem.
Desde as intrigas e brigas porém não se envolvia, mas se tinha que intervir ai sim agia!
Teve de fazer acareação, pra resolver de roubo de sapato a roupa de varal.
E se o sujeito agia de má fé tinha uma segunda chance porém se houvesse reincidência, tinha de ir embora!
E como lá era bom... poucos foram embora nesta razão!
O MITO
O Tempo pra ele era diferente das outras gentes!
Diziam as miúdas... de boca a boca... E dizia ele mesmo "talvez" pra passar algum assombro nas duvidas dos outros... Dizia: Estou em todos os lugares ao mesmo tempo e "pior" assim conseguia...
Como? Ninguém sabia...
E como não se encontrava explicação fora se formando lendas... por aquelas gentes!
As crianças diziam "que bem se compreendia" pois se o olharmos debaixo para cima que ele era um "gigante" e de fato ele era grande. E os que lá viviam dos tempos anteriores, poucos cresciam muito "resultado do passado de pouca e pobre comida"!
Ele era largo como um touro e muito diferente em tamanho aos seus. E voltando as crenças, diziam alguns que ele era "anjo encarnado". Outros ainda afirmavam ser ele filho legítimo de Xangô em mais pura linhagem. O primeiro por bondade e o segundo por justiça!
E na boca do povo até um tipo de misto de Maomé ele se tornou... pra desespero do padre! E pra aqueles que o temiam, diziam que era o Diabo, tentando se redimir dos dos seus próprios pecados assim transformando a vida deles, tirando o fardo dos desesperados e para depois tendo de tudo o que precisavam... " Caírem na tentação da preguiça ou presunção"!!!
E lá no juízo final irem assim prestar contas.
Mas que de unânime opinião foi que se habituaram a fartura e (sim por resultado de muito trabalho), e que se tiverem que prestar contas que seja pela alegria de ter um lar e comida à mesa e não pelo desespero.
Pois que pecar é tão certo na vida dos Homens, quanto a morte... como a morte para a vida que seja então pelo primeiro.
Com o tempo ninguém mais interrogava, todos aceitavam o mistério do homem que a tudo transformava. Assim meio que sossegava a responsabilidade de cada um e sentiam-se livres para ser eles mesmos.
As crianças eram cuidadas por todas as mães e pais e os velhos por todos os filhos!
De início alguns estranharam dar afeto ou amor e atenção aos filhos de outros porém foram se acostumando e acharam até bom!
O tempo antes resumido agora parecia estendido!
Por hoje é só... amanha continuaremos... um grande abraço e boa leitura
PÁGINA 24 08/06/2016
DAS COMEMORAÇÕES
Quando aniversariou o primeiro poço, sempre haviam festas e desta foi agendado uma missa , uma roda umbanda e um culto evangélico para comemoração.
Também a final do campeonato de futebol pois a vila dispunha de 4 times posto que tudo ali era sempre aos pares por mania de Stalin.
Acreditava que os pares sempre prosperam, como se dessem crias..., E haveria também uma pequena queima de fogos para trazer a criança que existe no adulto e pra alegrar os olhos dos pequenos. Haveria musica de violeiro e sanfoneiro durante o dia e a noite inteira!
As "donas" fazendo doces, tortinhas e salgadinhos e os homens se preparando para um belo churrasco.
Porém aconteceu um perrengue: O crente fazia birra pro umbandista que ria com seus exus e pombas giras. Os católicos criticando tantos cultos diferentes, chamando de heresia. Os Espiritas em suas desaprovações e os gnósticos desprezando e o pessoal do candomblé girando...
Stalin percebendo que tinham tanto o que comemorar, todas as conquistas e dadas a estas questões de rincha de pouca importância, reuniu seus representantes e dizendo que se não estivessem prontos para uma simples e bela comemoração.
Pois foi por ouvi-los e respeita-los que pediu a representação destas "bençãos". Que chamou o padre para rezar missa, ao pastor a benção e ao pai de santo o benzimento e se assim continuasse esse desatino não iria dar preferencia para nenhum... e seria fácil, cancelaria qualquer culto, não teria festa alguma e os insatisfeitos teriam canceladas suas moradas.
Pois quem gera intriga, por se achar maior ou melhor que este ou aquele não merece divertimento, nem seriedade!
Tamanho foi o susto, que enfim se aprumaram!
Consegui levar Sta, até um amigo seu com seu circo, colorido, alegre e mágico, "O grande circo mágico"!
A festa aconteceu e durou 2 dias e Stalin nunca tinha visto tanta alegria reunida. E a "grande" final do campeonato de futebol teve de ser adiada. Os "atletas" por assim dizer de tanto comer e beber já não conseguiriam correr e seria claro judioso priva-los desses exageros.
O primeiro jogo ia lento e as torcidas meio que "dormindo" do mesmo jeito e assim se aplaca o cansaço.
Quando por interferência de Stalin, ao observar o povo cansado falou ao amigo que invadisse no meio daquele "jogo-fracasso" o campeonato.
Que invadido foi em meio ha muita algazarra... Entrou anões, macacos, mulher barbada, elefantes e camelo e fez-se do jogo uma grande marmelada e do riso todos faram com os palhaços as gargalhadas!
DESTINO VITORIOSO
De inicio Sta, baixou muitas medidas de higiene e organização.
Construiu com ajuda de uma ONG destas voltadas pra ecologia, montar um sistema de reciclagem da tão generosa valiosa água um belo sistema de reciclagem para ser reutilizada... regando jardins, para lavar galinheiro chiqueiro e barracão. Era um sistema muito simples que não custava só fazia por se merecer.
Construiu para as casas cisternas que armazenavam como preciosidade as águas das chuvas que agora vinham dar o ar da graça porém ainda eram poucas.
E assim foram inúmeras as providencias..., As dele e as divinas...
PÁGINA 25 08/06/2016
DA SAÚDE
De tanta gente presente os cuidados com a saúde passaram a ser evidentes.
E para aqueles de estômagos largos, foram ensinados a emendar cortes nos pratos, a reposicionar "ossos deslocados".
Para outros sábios e atentos a perceber se a febre era física ou de lamento.
Pros outros saber medicar, aplicar injeção, soro ministrar, curativos trocar. Então se alguém ficava doente, sempre era assistido pelo vizinho ou o vizinho deste.
porém se o caso fosse complicado o sujeito era pra cidade levado.
Mas os males eram pequenos e poucos dali foram socorridos para fora de seus lares desde os mais velhos aos mais novos.
Alguém sempre dava inalação, sabia mal do coração e por sorte que ninguém sabe?!?
Ninguém ali morreu desses males.
Aliás, curioso era o fato de ali não existirem túmulos. Não que a morte ali fosse proibida e mesmo que fosse difícil seria ter esta "ordem" seguida.
E também diga-se mesmo que de passagem que a morte não é sinônimo de mal presságio porém ali simplesmente não acontecia!
E por testemunha tinha dona Conceição que contava seus 109 anos e continuava forte feito um cacto do sertão.
Então era tratado mutuamente desde a calos a hemorroidas, desde diabetes e cólicas...
... DESTINO VITORIOSO
Todo o lixo orgânico era enterrado pra ser transformado em adubo e todo o restante tinha de ser aproveitado. Os que podiam ser reaproveitados para uso no artesanato e o mínimo possível era lavado e acondicionado para ser levado a cidade em quantidade para vender.
Agora mais gente chegava... Sta, conseguiu de um empresário da capital, um velho trator que não estava sendo usado... e que "trabalhou muito" ali de fato...
Foi quando por efeito um fez-se um grande açude que demorou, mas encheu o "danado" e Sta colocou lá peixes variados.
O que foi alegria pras crianças tomar banho no lago e também pros patos e no prato peixe!
E para os pais o consentimento de sentar a beira do lago e poder pescar e ver a vida passar, destas coisas que amamos.
A calma da água. O reflexo do céu, o filho brincando, os pés molhando.
Puros são estes momentos que trazem poesia para qualquer gente.
E agora tinham até criadouro de rãs!
E quem não conhecia o que antes era não crê no que se tornou!
Os animais foram procriando, bem tratados, pois assim Sta, acreditava que os animais correspondiam, oferecendo mais leite, mais ovos e carnes sem o "veneno do medo"! Dizia.
Sta, passou a receber muitos amigos que lhe passavam tabelas de nutrição... economia..., Recebia visita de políticos, religiosos, jornalistas e filósofos...
Como já era muito conhecido e comentado muitos o procuravam para se auto propagarem, outros buscando privilégios porém Stalin de sorte e esperteza sempre revertia isto de tal forma para benefício do vilarejo, que conforme já comentamos, crescia e se emancipava sem precedentes.
Olá por hoje ficamos por aqui, amanhã teremos mais... grande abraço e paz aeee
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DO GOVERNO
É certo que conforme o vilarejo emancipava e a fama do local era divulgada aos quatro cantos. E como enfatizava Sta, "tudo o que é par por si só se procria".
E crescia então como uma bela dama as histórias por lá alcançadas.
Deixando as sociedades de outras esferas "curiosas"?!? Aos jornais rendendo boas manchetes e ao povo boas prosas. Porquanto tanta fama, faz cabível despertar cobiças e tramas.
E nestes zuns... zuns.. zuns, qual enxame de abelha, fez-se notícias e notícias e por fim o "ESTADO"
(coitado) sentiu-se fragilizado!
Como pode uma máquina "democrática" , tendo suas bases formadas com tanto apreço, ser afrontada pela ideologia de um "não sei quem"?
Pois assim comentou o Sr. Governador, de segredo com seus assessores, todos inquietos, em seu lino gabinete!
Alguma medida temos que tomar! Sua boca quase praguejava, em sua face avermelhada da raiva...
Pois se por ventura , cada sujeito achar que é de direito, sair por ai dando seu jeito! Sem prestar contas e aí meu Deus..., "Se a moda pega" o sertão vai virar bomba e bem sei apontará "levantes" entre o Estado e seus cidadãos.
E este "coitado o Estado" , somente terá encargos...
Já antevejo, pois sim, colapsos. Vai saber o que se passa na cabeça desses pobres coitados..., Anarquistas!?! Comunistas!?!
Desviando as cabeças dos cidadãos desavisados!
Perguntou então um dos secretários:
O que podemos fazer?
Talvez cobrar impostos, sugeriu outro...
Srs., todos os impostos estão pagos, esclareceu outro.
E infiltrar um sujeito e ver se bagunça essa gente... sorriu cinicamente outro.
Confessou com disfarçado constrangimento o Governador: Era segredo, porém já o fizemos e os relatórios são de outros resultados aos esperados. E inclusive perdemos o tal informante pois lá este que deve viver, além de alertar o tal do Stalin, que já se acha que de "espiões" estar vacinado!!!
Pensaram... pensaram... discutiram e depois de muito para a capital Stalin, com pompas e e honras foi convidado.
Antevendo receber "louros" para as próximas eleições. Queriam seduzi-lo e tentavam de forma "simpática e coerente", diziam que colaborariam com dinheiro, projetos, interfeririam tudo a seu favor.
Elogiando-o por tantas vezes e com tanta eloquência e veemência, que fez Stalin rir por dentro...
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"Acham estes sujeitos que possuo algum tipo de "demência?!?
Avesso a essas regalias porém mantendo a diplomacia... Despediu-se... Agradeceu... deixando em suspense se sim ou se não... Sorriu, apertou-lhes as mãos e foi-se.
O Governador, seus assistentes e secretários, sentirão-se minoritários ou porque não dizer otários!
Diante a força deste "adversário"!
E como a cautela nesses momentos de embate é boa conselheira posto que índole não se refreia, decidiram ficar assim de "soslaio" e não mexer no vespeiro.
Vamos esperar, disseram uns aos outros, tentando se animarem.
Quem sabe um deslize qualquer..., Falou o Governador
Vamos pacientemente aguardar pra vermos no que dará... disse outro
E expirando o ar dos pulmões em sinônimo de inconformado, firmou-se em seu trono o tal Governador... Um silencio geral se fez e um qualquer incomodo ali se instalou depois que o homem saiu. A todos "inquietou"!
E não ousaram olhar uns nos olhos do outro, disfarçando, procurando papeis , canetas mexer nos bolsos... de manso foram realizar suas "tarefas"...
E como se fosse Jesus, este Stalin, em sua santa ceia se portou...
A saber os outros a tramarem..., pois com eles riu, comeu, bebeu e dignamente e saiu deixando neles o vazio!
DAS RELIGIÕES
Instituições existem e estão por toda parte!
Certa vez, Padre Aníbal, amigo seu da capital mais ao sul, visando o mundo crescente do povo que lá se achegava, ia vez ou outra preferir missa, realizar batizados, sacramentar união de casais e também ouvir alguns murmúrios de pecados antes não revelados.
A viagem era longa e Padre Aníbal de alma abnegada ia e vinha por estas estradas difíceis.
E já velho, o corpo não acompanhava o que a alma mandava. O que foi ficando pesaroso ao Padre gordo e bondoso, repetir estas façanhas.
De conversas apontou a Sta, a possibilidade de arrecadar doações e de uma igrejinha lá erguer e poder mandar um Padre moço para orientar e amparar as almas do povo.
Mesmo Stalin, não sendo religioso, sabia que nem todas as ovelhas conseguem andar sozinhas que precisavam da liderança da fé e dizia assim tira da alma de muitos a letargia. Mas como poderia incutir no povo uma só religião? A católica se existem tantas variantes..., nascidas dela mesma ou de outras sociedades, visto que ali tinha a tradição Africana, Luteranos, os alternativos Gnósticos. Portanto são tantos os segmentos... Dizendo ao Padre que sinceramente ficava feliz, sabedor desta boa intenção, mas se assim agisse , preteriria uma a outra.
Melhor não ter nenhum prédio sendo construído para algum dogma específico! Pois a harmonia a duras penas ali conquistada, poderia ruir. Porquanto se paredes nesse intento fossem ali levantadas!
Mas disse: Mas vale nos auxiliar se assim aprouver, as missas ao ar livre continuar pois teto o povo tem e Deus, não precisa dele não!
Cada lar que mantenha a sua fé e se quiserem faça lá um altarzinho da fé que eles mantêm!
Porém a história evoluiu e outras instituições religiosas também foram até lá nas mesmas histórias.
E estas foram tantas por suas insistências e não só de seus representantes como também de parte do povo.
Que Stalin, reuniu-os dizendo:
Aprecio suas intenções, portanto para termos aqui uma igreja, um templo evangélico, um terreiro espírita ou que seja um budista, nós não dispomos de espaço o que torna isso inviável!
Se todos aqui isto desejam que se façam estas vontades, porém, proponho que se reúnam as idéias e os recursos e construam um lugar de uso comum!
Assim dando exemplo pro povo, organizando seus trabalhos, dividindo espaço, argumentos e horárias.
Pois se é pra proferir fé, salvar almas, que fosse através da união!
Ouviu-se então todos os tipos de indagações, reclamações e despautérios sobre este devaneio...,
Mas depois de tempos muito discutidos, prevaleceu a verdadeira fé e foi aceito o que Stalin propôs!
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Construíram um galpão com espaço para que cada qual cultivasse suas crenças.
Veio então pastor, padre, orientador espiritual, budistas...
Naturalmente ocorreu o que Sta, denominou de remanejamento, um ou outro de religião trocou. Porém depois de ajustadas as trocas acabaram as caretas, intrigas de opinião e as organizações prevaleceram. E dizia Sta, A convivência ou faz o Homem aprender a tolerância ou então desmanda!
A tolerância traz compreensão e desmanda não tinha lugar lá não!!!
DAS ESCOLHAS PESSOAIS
Por onde passava as mulheres suspiravam, mas Stalin, reservado não fazia caso.
Por escolha não se envolvia com nenhuma mulher da vila!
De quando em quando ia a capital e por lá ficava uns dias..., Durante o dia cuidando dos negócios e durante a noite desafogava suas responsabilidades nas mulheres "da vida".
E continuava mesmo cercado, admirado, realizado porém só!
DE A CESAR O QUE É DE CESAR
Depois de ouvir, conhecer e viver muitas situações, soube como manter as pessoas próximas mas somente o suficiente, para não excederem no respeito e ate quem sabe exceder seu "poder"!
Conforme foram chegando famintos, alquebrados, brutos e desamados e o tempo lá vivido já a estes havia mudado. Posto que a situação já fosse outra como sabemos. Porém para não sofrer decepção pois entendia que primeiro vem a gratidão e logo em seguida desta vem a rebeldia.
Como se Deus aferisse um pedacinho do Homem ao Diabo para confundir as cabeças!
Montou um fundo de permanência, onde tudo o que era produzido e não consumido entrava para este fundo e quando alguém decidisse ir embora recebia seu dinheiro justo.
Mesmo não sendo ali lugar de emprego e sim de refazimento!
DA RECOMPENSA
Nos olhos de Sta, brilhavam o reflexo da terra verde era de tanta satisfação que por projeção incompreendida da natureza, seus olhos que de pretos vivos transformaram-se em verdes!
E ademais o povo aprendendo, os animais procriando, as crianças sorrindo com os velhos; outrora quase mortos e agora rejuvenescidos!
E Stalin pensava... Onde não havia criança correndo e velhos sendo ouvidos, não havia vida e nem objetivos
Olá pessoal por hoje paro por aqui, boa tarde e estamos quase no fim... esperem pois terá surpresas.. abraços fui...
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DA AUTORIDADE
Certa vez surgiu um delegado, não soube Stalin, se prepotente ou enciumado, dizendo-se oreocupado, devido ao numero de pessoas que lá estavam.
Propôs por um posto policial.
E Sta, sabia que autoridade contrariada é encrenca comprada!
Ali não havia arma de fogo e dizendo ao delegado:
O Homem é um bicho somado, se tiver arma de fogo as vistas de todos, um ou outro se sentirá ameaçado e mesmo o sujeito mais manso pode correr atras da sua, para não sentir-se vulnerável!
E onde tem arma de fogo tem alguém que quer matar e alguém que quer ser matado!
Stalin exitante dizia:
Que pra "comunidade" bom seria ter alguém representando a justiça, mas se viesse policial que não fosse armado. Pois já passado tanto tempo, alem de briga de homem com mulher e desavenças próprias das machezas nada grave havia ocorrido!
E acreditava ele que ..., O que mais se teme, vinga feito erva daninha! Mais cedo ou mais tarde.
Pois pense delegado..., Onde existem mais trancas, grades e excessos nos cuidados contra roubos e assaltos é onde existem mais sobressaltos.
O medo toma o corpo e chama os desalmados, que vem e se realizam como se tivessemouvido uma espécie de chamado.
E aqui não temos muros, nem fechaduras, nem coisas que valham a pena para os debandados. E tendo armas à vista de todos e nunca se sabe ao certo a disposição dos ímpetos de alguns, temia ele, acabar o sossego comum!
E se pensarmos bem, se delegado, costurar sujeito esfaqueado é mais fácil do que sujeito furado de fuzil..., se acaso viesse a acontecer!
O delegado compreendeu.
Aceitou a proposta desde que tudo se mantivesse na ordem da lei.
Mandou pra lá um jovem policial, que orientado foi em esconder sua arma, como um Padre que se cala diante as confissões dos pecados!
A GENTILEZA VENCE A BRUTALIDADE
E o policial que andava pra lá e pra cá o dia todo com ares de aborrecido e desconfiado meio assim que reticente, sem o seu poder de "Deus" nas mãos, foi cansando...
E Stalin a ele observando, foi ter com ele e lhe sugeriu...
Se fosse eu "tu", ocupava teu tempo. Pois "sossegue" , que aqui não haverá destempero!
E sem pretender ofende-lo, a arma que lhe faz tanta falta é que o deixa assim, sem ela fica "nu em pelo", não lhe trará felicidade alguma ou outras garantias quaisquer.
Vá e componha-se, nesse solo, ensine aos que não sabem, pois sempre há tanto a aprender e ensinar!
Ensine por exemplo, primeiros socorros, ressuscitamento, defesa corporal e valores moral.
"Coragem de verdade posto que estes sim enriquecem uma sociedade"!
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Se puder, lhe peço: Não fique comentando as diligências e brutalidades que já participou, pois acredite o verbo tem sabor e assim não queira ser "herói" pela dor.
E passado algum tempo a conversa de fato teve efeito.
E agora o jovem soldado andava para lá e pra cá o dia todo a brincar com a garotada, ora ensinando, ora aprendendo.
Até que vislumbrou uma bela garota dali, abandonou a farda e foi cuidar da terra, dos bichos, do amor e da vida!
DAS SATISFAÇÕES
E assim para cada um que desenvolvesse uma função a mais na "comunidade", ganhava-se mais no fundo pessoal.
Dons e aptidões foram florescendo. Posto que já havia música, esporte, leitura, arte..., Sem a violência que assusta nas cidades!
E Stalin, sorria satisfeito...
"Como a magia ou a benção de Deus ou de Maria e José, não sabia!
Por certo Deuses iluminavam ali, parecia que ninguém queria partir e só chegar!
DA ROTINA AO MITO
Ainda não dispunham de energia elétrica e durante a semana a "vila" dormia cedo.
Em meio à madrugada Stalin, saia observando o silêncio dos Homens e os barulhos dos insetos, aproveitando estes momentos de privacidade! Integrado com a noite. Suavizando a vida no doce abraço da brisa da noite adormecida.
Em virtude deste hábito. O povo começou a falar ele possuía dons que fogem aos mortais.
Uns diziam que era sua alma que deixava o corpo para averiguar se tudo se encontrava em real ordem!
Pois certo era que seus conhecimentos a tudo transcendia...
Então emprestaram-lhe sinônimos dos mais variados, desde a assombração, a divindade!
Sta, sorriu ao recordar das histórias que vez por outras comentavam a seu respeito. Algumas impressionantes de criativas... comentadas nas estradas...
Porém a estes pensamentos trazidos pela brisa na madrugada, em um dia específico que não vale a pena datar...
Stalin, que não era mito e sim uma pessoa qualquer ainda filho de José e Maria!
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DO PRESSENTIMENTO
E adentrou à sua história, sentiu-se doído, meio assim... Assim de peito pisado...
E como o diabo foge da cruz, sentia-se como que afugentado algo que até então desconhecia, uma especie de agonia!
Pois certo é que quando o homem concentra tristeza em seu coração, deixa de cumprir sua parte com o mundo e qualquer história a menos... fica-se miúdo!
Porém desde aquela noite e por várias noite além...
Um vento estranho, como nunca acontecido "lhe causava calafrios"... soprando intermitente nas madrugadas daquelas paisagens...
Um comichão de solidão intimamente passou a amedrontá-lo e sua calma remexia-se em algo esquisito... Que não sabia ao certo porém o afrontava como um gigante!
Talvez fosse um espírito cheio de confrontos que vagando noite adentro, trazendo vento gelado pro sertão! Enriçando pele e pelos, procurasse por um nome ou corpo para apavorar...
RELEMBRANDO
A vila como era conhecida, tava muito maior do que quando nascida, era auto-sustentável.
Dali tudo se produzia, para consumo e para venda.
Recebia visitas de associações médicas, filantrópicas, mestre em todas áreas, conhecimento de mundos diversos. Tudo era tratado nos acordos de Stalin.
O lixo era tratado, a água era tratada, o povo tratado... Desde a lombriga da criança ao berne do gado, males já extinguidos.
Tudo exercia seu custo porém a custo de todos, todos tinham!!!
A insatisfação e a rebeldia, não aconteciam.
Muito pelo contrário..., Nunca ninguém dali tentou algo provar mas evidências eram alarmantes...
A felicidade ali ficava o tempo todo flanando...
SEGUINDO NOS PRESSENTIMENTOS
A energia elétrica a tanto aguardada, estava para lá chegar.
Nos planos muita festa iriam realizar.
E Stalin, tinha planejado até orquestra, queima de fogos e pra inauguração uma surpresa.
Um canhão a laser..., Posto que muitos senão a maioria nunca isto tinham visto!
Porém algo calava seu sorriso, sua paz e Stalin viu-se comum e não mais mito... não provedor!
Sentiu-se Stalin Xavier Guevara da Silva Santos... SOLITÁRIO!
Sentiu um calafrio percorrendo seu corpo.
Como somente duas vezes em sua vida.
Uma por percepção do nascimento e morte da mãe e outra por lembrança da morte do pai!
E pensou por mania..., que tudo o que é par se frutifica!
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DO PRENÚNCIO
E nesta noite foi terrível!
Como se o ar tivesse sumido da vila...
Parou o vento, sumiu a brisa, sem grilo, sem sapo, chiado, rosnado... Tudo silenciou...
Como se o caos sugasse todo ar e todo som...
Os sonos nas redes agitaram-se, as crianças tiveram pesadelos. Os velhos choraram o passado e tudo que se sentia era "tormento"!
E de repente tudo aconteceu como um susto!
O gado mugiu, as mulas escoicearam, os cães ladraram...
A mulher gritou na dor do parto antecipado!
O Padre rezou. O Pai de Santo em "Santo" entornou, o galo três vezes cantou, o dente doeu, a comida azedou, a água da cabaça salubre ficou, os ovos chocaram...
Tudo acontecia ao mesmo tempo, junto ao forte vento que soprou...
Assustou os pássaros que debandaram, os peixes para fora do açude pularam tremeluzindo ao brilho da lua e morrendo de ar...
A lua sentindo sofrimento foi se escondendo atrás das nuvens...
Ramos envergaram... Os matos enozaram, as cobras apareceram... e assim tudo ofegante...,
Corações, galhos, lago, galo, pato, sapo, gado...
Tudo acordou assim..., Cansado!
DA PARTIDA
E Stalin Xavier Guevara da Silva Santos que "não dormiu, não acordou"...
Amanheceu ali sentado, sozinho em seu velho ônibus desbotado, sem alma nem pecado!
Amanheceu de olhos abertos de dar medo, tão abertos e negros como fora outrora!
DO APOCALIPSE
A "vila" chorou... Chorou o gado... o pasto
E o temor de Stalin, se concretizou...
A ganância... Cobiça... Imperou!!!
E o caos brotou!
Diante tantas desavenças apareceram ciladas e depois doenças...
O açude secou, secou o gado... o mato!
O Padre e o Pai de Santo, debandaram...
O ex-policial, após crime passional suicidou...
A bebedeira muitos lá acolheu!
E quando a "luz" lá chegou...
O povo roubava... O galo, o pato, o cavalo, as sementes, o pão...
Fugindo alguns e o restante o tempo se encarregou...
Quando o solo rachou!
F I M
Autor: Edson Cerejeira
Concluído em 31 Janeiro de 2009 ás 18:39
Autor Edson Cerejeira... escrito em 2009
TITULO: Stalin Xavier Guevara da Silva Santos página 01
DOS PAIS
"Stalin Xavier Guevara da Silva Santos"
Onde o pai era um pouco molenga, um pouco beberrão e de bom coração...
Tão molenga e atento como o lagarto que se aquece ao sol. E tão beberrão quanto o dono de um alambique ao receber os amigos em um dia qualquer.
De mãe tão rígida quanto a tábua de lavar roupas no rio ou o silo de moer mandiocas.
Tão severa quanto o sol e de carinhos tão escassos quanto as chuvas neste mundo a correr de vista.
O SERTÃO!
Concebido foi Stalin...
DO SONHO
Certo dia, José sonhou..., Acordou suado, ofegante e estranhamente consternado.
Ficou ali na rede enrolado em si, recordando aos poucos:
Em sonho Sra. Aparecida, vinha com sua pele escura e translucida como fosse de vidro e sorria de forma doce.
"Estranho" pensou..., até então José, achava que Santa não sorria, só olhava!
Trazia em seus braços, um pequeno e sentia este ser o seu rebento!
Tinha olhos abertos e atentos, enrolado em um manto vermelho!
E ao seu redor "Querubins e Serafins", que gracejavam com o menino!
Os olhos da Santa ficaram marejados. Uma lágrima rolou e em chuva se transformou e um grande rio se tornou!
Os "Querubins e Serafins", como magia foram lentamente se modificando, tomando a forma de imensos pássaros, voavam ao redor da Santa e seus cantos eram de uma maravilhosa melodia que José desconhecia neste mundo.
Nesse ensaio passaram a voar ao longe, até sumir de vista e ao retornarem em seus bicos escarlates, ramos verdes e ao redor do pequeno, cuidadosamente trançavam um ninho. E de repente passaram a retirar suas belas e coloridas penas e pô-las com cuidado extremo, beirando a carinho, no interior "do ninho"!
A Santa ainda sorrindo..., Afagou com ternura demorada, os poucos e finos cabelinhos negros do menino. Deu-lhe um confortante abraço e o colocou de volta, no ninho de penas macias.
Fitou o horizonte que o grande rio rumava. Retirou o manto vermelho entregando-o a José, que ajoelhado e maravilhado chorava!
E nu com os próprios pezinhos o pequeno brincava alheio as estranheza.
Branco feito leite contrastando com as mãos divinas e negras da Santa. Esta colocou-o sobre as águas e suavemente, soprou-o suavemente levando o pequeno em seu ninho seguro para águas distantes!!!
José, acordou em sobressalto, o peito meio assim..., de sentimentos amarfanhados!
Deste sonho José, nunca esqueceu, mesmo tendo pouco entendido.
Porém sentia que novo destino ali começava.
E foi neste dia que Stalin nasceu!
pagina 02
DO PAI
Assim foi, onde somente o pai imaginava. Sta..., como era conhecido, um nome difícil de falar e incompreendido naquelas paragens onde nasceu e cresceu.
Ambos marcados e incompreendidos.
"Pai e Filho", um pela perda e outro por destino!
O pai como todos que já foram migrantes, almejava no rebento algo de um mundo fora o seu.
Pois quando migrado para a cidade grande, José presenciou naqueles tempos muitas transformações que não havia no sertão e mudou de trabalho tantas e tantas vezes como alguém que estoura balões e sonhos.
Palavras eram ditas.., sussurradas, as vezes nas ruas e avenidas. muitas outras vozes se elevavam....
Foram tempos difíceis, gente sumia, gente morria!
Idealistas, comunistas, sensacionalistas, carniceiros, atentados, guerreiros, assassinatos, emboscadas, traições, direito civil extirpado, bombas, diligencias, corruptos, fascistas, dedos duro, repressão, ditadura, espionagem, dinheiro e subversão, governo-tortura!
Parecia a cidade um bueiro e se não o País inteiro!
assim nestes tempos havia ouvido sobre mártires, sem muito entender, portanto achou bonito, pela beleza que compõe a história, mesmo com a ausência de conhecimento total.
Mistérios destes que sabemos existir, porém não somos capazes de definir ou mesmo descrever!
Então coisas aconteceram de dar medo, por sorte a gente esquece dos horrores, feito data de aniversário, tem dia certo pra comemorar e depois deixasse de prestar atenção e continuasse envelhecendo!
Espantou-se José, neste mundo de conflitos e de vida dura, como num deserto que mata de sede e sucumbe o Homem ao castigo, por ser um migrante..., intruso no seu terreno!
Sentia-se assim o pai de Sta..., José
Olá pessoal aqui é o Cerejeira de novo... continuo amanhã, grande abraço e obrigado
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DO PARTO
E Stalin surgiu numa noite cheia de noites como outras quaisquer; das parteiras que circulam entre sol e luas em seus trabalhos abençoado, das velhas das vilas, divinas com suas mãos em todos.
Instruídas por Fé e tradição!
Stalin o nono da vida de morte de Maria.
Após o parto fácil como todos os outros, de mistérios cobriu-se num manto vermelho..., Maria!
Deixou José, unico nome e patrono da família, assim meio que picado de abelha, doído e coçandp-se na dor!
Enterraram Maria, a farinheira..., Nas dores, nos cantos ..., Nos encantos..., Das rezas e no"parto".
DOS FILHOS
Contrariando as assombrações da alma humana! José fincou seu amor em Stalin. Na tentativa talvez de fazer birra pra Maria por te-los deixado,
E dizendo como sempre dizia (em falso tom zangado)!
Olha aqui, faço melhor que tu, Maria! Pois este não era nem de longe homem de assuntos inacabados.
Cuidou de todos, especialmente de Sta..., como ninguém viu naquelas paragens.
José, a princípio, sentia velados ciúmes de seu filho, somando a dor da perda e o desespero de ver-se só com todos os filhos. Porém recordava do sonho com a Santa..., o que lhe trazia forças!!!
DAS RAÍZES DE JOSÉ
Dona Benedita e seu Aprígio, em seu lar o tinham acolhido, quando ainda muito pequeno, (tinha menos de um ano).
Pois sua família debandou, para onde ninguém sabia!
Sendo ainda muito pequeno, seria um estorvo dos difíceis tempos que estariam por vir!
O pouco que sabia José, é que seu pai de nascença , foi que saíra as pressas em meio a escuridão da noite com sua mãe.
E, no lombo de jegue, seguiram munidos tão somente de carne seca e farinha, rapadura e muito medo!
Pois estava seu pai juramentado por um "cabra", tão ruim como o diabo e que matador era por qualquer vintém!!!
Mesmo sabendo somente dessa passagem dos seus antepassados, mantinha José, a alma agradecida e sentia no casal de velhos, algo mais do somente gratidão.
Era o amor que se instalara no coração do menino!
Vó Benedita e Vô Aprígio, assim os chamava, Sendo envelhecidos pelos anos e dificuldades, nunca puderam ter filhos e o acolheram com gosto!
Foram bons com José e deram-lhe tudo o que um homem precisa, dessas coisas que ficam dentro da gente e que nada no mundo tira. DIGNIDADE!
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Quando lhe vinha as lembranças dos velhinhos, José sentia ate o cheirinho de quindim e o cheiro do fumo de mascar de Aprígio.
Dona Benedita era ótima benzedeira, toda zelosa.
E quando ainda era forte vivia lhe enfiando goela abaixo colheradas das suas alquimias e dizia:
Com pena velada nos olhos. Isto é pros ossos, isto ou aquilo pra alma espantar os fantasmas e isto pra lombriga..., Este pra não dar preguiça e este pra não ter pesadelos e assim ia...
As vezes ela olhava nos seus olhos e sem nada dizer..., Lhe segurava pelos pés e tacava-lhe ervas e alho e óleo e murmurava rezas, pois o menino tava de bucho virado!
Ela tinha um cheiro especial, destas memórias que a gente não esquece, cheirava a quindim, pois era ótima doceira. José quando pequeno e mesmo depois de grande ficava ao lado dela, na cozinha do fogão a lenha, raspando tachos e molecando e se "melecando" inteiro!
Já seu Aprígio dono de um sorriso escuro e bondoso devido ao fumo que mascava, com ele aprendeu ir pra roça, cuidar dos bichos.
E aprendeu ser todo prosa!
E soube dele que se um homem se sete digno consigo, o mundo deixa de ser um perigo!
José ão se remendou, Foi orgulho a estes dois!
DOS FILHOS
Porém continuando..., Quando a fatalidade do destino a levar Maria..., Seus "pais" já falecidos ha tempos.
E mesmo no tempo do tormento, floresceu a amabilidade em José e assim aceitou Stalin assim como ele mesmo foi aceito por Dona Benedita e Seu Aprígio! Não que ele preteria Stalin aos outros filhos, mas estes tinham tinham o calor e amor da mãe e Stalin nem um tiquinho...
E percebia de algum jeito que o mundo precisava deste pequeno como nenhum outro.
Cada um dos seus tinham grande importância no mundo de Deus!
E diziam ao redor das sombras que as poucas árvores do sertão, na troca de conversa das comadres, na fogueira do sertão!
Que era a alma de Maria, rondando e domando José. A qual só não era alma penada, quando dormiam bem cuidadas suas crias e assim lá estaria Maria, tranquila dormindo junto aos seus! E não com José, claro!!! Pois alma de mãe não faz mal nem pecado!!!
Olá pessoal aqui é o Cerejeira, por hoje paro por aqui..., espero que estejam apreciando.
Imenso abraço até amanhã!!
PÁGINA 05... 28/05/2016
DA IDA E VINDA DE JOSÉ
José homem experiente, já havia rodado em muitos lugares, como lavrador, peão, boiadeiro, ajudante, garimpeiro, pedreiro e até tentou ser um humilde trambiqueiro. Porém a sua boa alma nordestina o tornou ingênuo a esse destino.
Morou na cidade grande, antes de casar com Maria, uns bons anos...
E antes que acontecesse de esquecer de si e tornar este fato infértil "sua alma". Voltou com tudo o que tinha.
Um radio a pilha, uma televisão (mesmo lá não tendo energia) e um pouco de dinheiro juntado as marras para comprar algumas galinhas e talvez cabras.
Portanto retornou com o desejo de ter uma mulher de fibra, com o cheiro do agreste, com sabor de campina, como pepita bruta! Que na cidade grande não havia! E olha que havia muito procurado, posto que várias raparigas ficaram entristecidas com sua ida!
DA PAIXÃO
E assim encontrou Maria. Suada de cara amarrada, quase selvagem de tanta ignorância!
Mas de cheiro lancinante que corou José, que deu febre, que não passava...
E Maria de teimoso ou orgulhosa, não dava a mínima!
Porém naquele sertão, ele próspero, pois já tinha muito viajado, tinha galinhas e alguns diziam que logo teria algum gado.
"Um bom partido", ele se comprazia... Ao ver os suspiros das moças que lhe queriam.
Casou Maria pela entrega da mãe!
Pois a moça taca crescendo e "crescendo demais de bonita"! E como moça assim não presta pra vida naquelas cercanias, entregou como garantia Maria, antes que se perdesse entre as cercas e desgraças da cobiça!
DO CASAMENTO
Maria, lustrada pela juventude, pele morena, corpo formado, não podia ficar solteira e como toda menina moça, tinha lá seus devaneios!
As vezes lá no riacho, quando ia bater roupas e na água geladinha, ia ela entrando, sentia uns arrepios lhe coçando, quando envolvida suas "partes" e seu ventre..., Causava espanto!
Corava ali sozinha! Ai que pecado meu Deus do céu.... dizia pra si..., mesmo sem ter noção do que lhe acontecia, mas como passava da quentura ao desmanche..., Não era coisa boa... Não! Temia Maria.
E pra sair desse remanso batia a roupa com toda força!
Sonhava, sim ser pedida em casamento com formosura e lisura. E que fosse um moço danado de bonito de dar encantamento!
Mas como a vida é mais dura pra uns do que para outros.
José foi e deu a Dona Ernestina, "a mãe", duas cabras, algumas galinhas e lá se foi o sonho de Maria!
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DE MARIA
Maria nunca sorria, tão certa que se o fizesse, quereria sorrir mais e mais. E se isto se concretizasse como seria sua "vida", naquelas cercanias!
Brotou então a farinheira. Que com golpes fortes, passava o dia a massacrar e transformar em farinha..., "Sonhos"! Desejos! Alegrias!
Recebia José como uma filha. Pois tinha idade pra isto. Gostava um pouco..., Porém embuchava logo e foram entremeados sem descanso sua prole. Cumprindo assim a sua sina da mulher agrestina, povoar o mundo e disseminar a cada destino a força que tinha!
Havia assim se embrutecido a vida de Maria!
Que cuidava da filharada, da casa, da farinha, das cabras, das galinhas, do José, da mãe, das vizinhas, das amigas...
E talvez foi-se embora tão cedo pra cuidar de "SI"!
...A VIDA CONTINUA
Ficou José, embaraçado pra cuidar da roça, do alambique, das crianças, da casa, da comida, da farinha, das cabras, das galinhas e dos amigos. É isso mesmo nordestinos se cuidam!
E com o passar do tempo sem fornicação, passou a querer cuidar das vizinhas rsrsrs....
Até que encontrou Vindinha, mulher feia, no entanto rápida em tudo o que fazia e que sorria...
DE VINDINHA
Vindinha, nasceu ali e de lá nunca saiu. Cresceu mais "uma" entre 17 irmãos. 11 de pai e mãe e 6 só de pai.
Da mãe quase nada lembrava, pois era pequena quando esta faleceu. Muito vagamente dela recordava somente dos cabelos longos e pretos e o sentido de um sorriso...
Foi crescendo assim meio que cuidada pelos irmãos, meio se cuidando e meio cuidando dos que a cuidavam!
Aos 10 anos era uma menina alegre e de pele bonita!
Foi "usada" por quem? Ninguém sabe!
E na dor da vergonha foi sendo sub julgada pela madrasta!
Como se auto castigasse, na culpa que não tinha, foi engordando, sua pele engrossando ficando meio cinza, sem viço! Seus dentes estragando e seus olhos antes finos e delicados foi se arregalando como se estivessem sempre assustados!
José, que de tudo sabia, desta terrível história, casou com Vindinha!
Mais por compaixão do que por convicção, pois "amor" este era só de Maria!
E fez o ditado: O Útil ao agradável! Precisava de companheira estável, pra criar seus filhos com decência e bondade e disto sabia ter sobrando em Vindinha!
Precisando de alguém para cuidar dele sem exigir amor desenfreado, que não o fizesse corno, que lhe tivesse gratidão e admiração!
Sabedor deste passado doloroso desta criatura e sendo que Maria o tinha feito tão feliz, porque não oferecer a a Vindinha o que o mundo havia lhe negado!
Ofereceu a essa criatura bondosa o que ela nunca sonhou! Ser bem vinda de fato!
Vindinha a sucessora de Maria. E ela de tanta alegria..., A vida lhe oferecendo essa poesia... Sorria e sorria. Tinha agora, casa, marido, família!
VINDINHA CASADA...
Já havia passado da idade de casar e realizado o inimaginável, ficou na sombra do que vinha na vida e sorria..., Cuidava do José, das crianças, da casa, da comida, das cabras e galinhas.
Mas nunca se atreveu, por respeito ou um medo infantil em pegar no pilão do silo de farinha de Maria!
Até ia lá, deixava tudo limpinho, mas a noite ouvia como se a consciência "pesada" da inveja que um dia sentira de Maria!
Ouvia o batido cadenciado e até sentia o cheiro de farinha!
Então por precaução, corria a ver as crianças, passar vassoura na cozinha, ver se tava tudo certinho e limpinho pra que Maria não viesse a assombra-la ou culpa-la, cruz credo!
Assim rezava e rezava e se aninhava na rede com José e dormia sorrindo, "certa da aprovação" de Maria!
Olá pessoal aqui é o Cerejeira de novo rsrsrsrs
Amanhã continuarei com mais dois capítulos. Fiquem com meu abraço... fui....
Página 07 30/05/2016
DOS CAMINHOS DA VIDA
Jose prosperou com a benção dos "Santos, que carregava em seu sobrenome", seus antepassados.
Pois quando chovia, dizia: Olha graças a Deus e a Maria!!!
E quando nascia cabrito, pinto..., dizia: Graças a Deus e a Maria!!!
E quando colhia..., dizia: Graças a Deus e a Maria!!!
E nestas falas constantes de tanto prosperar balbuciava vez em sempre ainda..., Mesmo quando o tempo já o havia feito velho como o chão do sertão..., GRAÇAS A DEUS E A MARIA!!!
Ninguém nunca soube e ninguém se atrevia a perguntar a qual Maria, José devotava tanta fé e gratidão. A mãe do mundo ou a mãe dos seus filhos e dos seus sonhos de amores!
Conforme cresciam seus filhos, apesar da prosperidade em que viviam. O mundo abraçava de tempos em tempos cada um dos seus!
Levando-os para longe.
Primeiro foi Genuíno, depois Alvino..., Raimundo..., Valdivina.
E Valdívia também foi depois de embuchada e da vergonha de José correr!
Geraldo fugindo da rinha com o marido da vizinha!
José Filho, em busca da fé ser Pastor!
Raimundo buscando rumo. E Nazaré, de beleza afiada acabou indo trabalhar no seu futuro na madrugada!
E sobre suspiros pensava..., Pois é assim os "filhos escolhem seus caminhos".
E então o mundo cruzou o mundo de José, restando Stalin.
Seu braço direito..., silencioso qual a mãe.
DAS DORES DE STALIN
Stalin quando via Vindinha sorrindo tanto, "velha como encanto", recordava a mãe que tinha matado e sentia-se culpado.
E de doer, tal como a mãe, tinha receio de sorrir e de fugir. E parecia teimar em ficar!
Como José e Vindinha, o caçula via um a um da sua família. O abraçar e chorar. No início não entendia, porque todos os afetos seus, primeiro sorria, afagava seus cabelos o abraçava e chorava e sumia! Como a mãe em sua cabeça de criança. Sonhando que depois de parir, o abraçava, sorria, lhe afagava a cabeça, chorava e partia...
PÁGINA 08 30/05/2016
Stalin caminhava nos sonhos e brincadeiras de menino à sombra de José, por gosto de assim ser ou somente de ausência de sombras no sertão!
Foi observando, mexendo, quicando que aprendeu muito do pai. E Sta..., como era chamado pois era mais fácil de se "dizê"!
Ouvia seu pai dizer: Que quando a "luz" lá chegasse, que a televisão que lá ficou desde que José chegou, iria ligar..., Pra saber Sta..., como o mundo é grande, imperioso, bom, maldoso...
Mas a "luz" que Sta, imaginava, era a das cantigas, das rezas e que a televisão, possuía algo de divino!
As vezes na frente dela sentava, tentando imaginar o dia da "luz" chegada e a televisão ligada.
No entanto, mal sabia este que levaria tanto tempo e que aquela televisão nunca seria ligada.
Porém já tinha Sta, uns 9 anos da morte de Maria..., Quando o pai o levou no lombo de burro à capital. E este decepcionou-se com as luzes que via. Tudo era bonito, sim! Mas nada daquela confusão de sons, imagens, luzes parecia impressionar Sta.
E assim o menino cresceu sem sustos, sem impressão. Até parecendo saber de tudo antes de avisado, pois carecia de impacto!
Não sorria, não chorava, não temia!
Era feliz com o que tinha!
DO AMOR DE STALIN
Este foi crescendo e um dia apareceu alguém mandando-o ira pra uma tal de escola?
E foi..., Sem escolha pois era divertido ser criança a toa!
A princípio foi sisudo, olhando..., Depois mais compenetrado, aprendendo e sentindo algo novo.
Caiu nas graças da professora. Como já era crescido e ela jovem a mais, caiu nas graças dele.
E como brincadeira das 3 graças, como mitologia. Graça a professorinha, foi o mundo de Sta.
Ensinou-o a ler, escrever e estremecer também.
E Graça agraciou Sta, do pau a alma a mente...
Encontrou nesse período a verdadeira luz que por tanto ansiava!
CORPO, MENTE, ESPIRITO!
Porém como o destino espreita o tempo? Ou o tempo o destino?
Graça, também se foi através do abraço, do sorriso, do afago e do choro pra nunca mais...
A professorinha ia se casar... Lá longe na capital!
PAGINA 09 30/05/2016
DA ESCOLA
Graça a professorinha, quando retornou para aquelas terras, contava 13 anos. Havia crescido e morado com a madrinha na cidade. Sendo ela o mimo desta e inteligente que era, lá muito estudou e muito..., Porém quando a "Dinda" adoeceu, tendo que ir tratar-se longe e assim Graça voltou para a casa dos pobres pais. Como lá no sertão poucos eram letrados e Graça que não era dada a trabalhos domésticos, por falta de hábito e não por preguiça! A mãe com ela não ralhava, diferentemente das outras filhas pois sabia que Graça era empenhada nos estudos e deixava pras outras crias a rotina da lida na roça e da casa. Mas Graça, não gostava de ficar sendo a princesinha que a mãe achava. Então começou a ensinar seus irmãos, os prrincípios dos A´s... dos B´s e dos Bas... e percebeu que tinha jeito, pois isto a alegrava!
Passaram então, como natural brincadeira, a vir outras crianças e passados alguns tempos, foram sendo levados a sério e levados por "pulso" e vontade de Graça..., Muitos ja liam devagarinho e escreviam mesmo que de um jeito meio atropelado!
Alguns já somavam e subtraiam. E reconhecendo a seriedade da moça posto o resultado dos pequenos. Os pais destes "pagavam", sem ser pedido é claro! Com ovos, algum bolo quentinho, coisas assim de mimos. O que Graça adorava!
E como José mal sabia assinar seu nome e não querendo que o filho esta vergonha na vida carregasse, foi ter com a menina e seus pais um pedido.
Ergue-se então uma tapera pra melhor acomodação, foi a capital comprou um pouco do que precisavam e voltou orgulhoso com livros de história, ciência, memórias...
Pedindo a professorinha, que assim passou a ser chamada até mesmo dentro de casa, que ensinasse o "seu" a pensar como o "mundo", suas transformações e seu futuro, esquecendo um pouco das equações complicadas pois isso era bobagem, assim acreditava.
Melhor ser conhecedor das histórias e os movimentos do homem no mundo..., Coisas de José!
E nessa boa vontade pra realizar este ato, vendeu 2 cabras e o que se vendeu em 3 meses de trabalho arretado do alambique!
DO INÍCIO DE STA...,
Sta, precoce fechou-se aos mundos dos que partiram e concentrou-se na lavoura, nas cabras, nas galinhas e já tinham umas poucas vacas.
Ia comprar, trocar, barganhar na capital e foi ficando..., "até mais esperto", que o velho e bom José.
Seguia refrigerando sua solidão nos cordéis e livrinhos de segunda mão.
Pensava em escrever, mas sempre que escrevia era sempre em perdas e solidão, afagos, abraços e adeus..., E achando que o mundo ia ficar muito socado se o lessem, desistiu então...
Olá pessoal... aqui é o cerejeira novamente rsrsrs,,, continuarei amanha novas páginas, espero que possam se entreter..., fiquem com meu abraço... até mais...
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DO MUNDO DE JOSÉ... REPARTIR
José tremia de pensar..., O que o coração já sabia.
Perderia Sta, pro mundo. e seu mundo iria se resumir em Vindinha, casa, chão, sol, cabra, vaca, galinha...
Fazia-o pensar: Do que o mundo carecia, para ter de levar os seus! Nada de filhos, nada de Maria e o porque dessas paixões o consumia?!?
E Sta, do que tinha aprendido de Stalin, de Xavier, de Guevara e Dos Silva e dos Santos...
Sabia que se ficasse sucumbiria ao sol e faria parte da caatinga, como o calango e a cerralha viviam!
Partiu Stalin Xavier Guevara da Silva Santos deste sertão.
Com um sorriso, um abraço, um afago e lágrimas do choro..., que repartiu o mundo de Jo´se em 10 como ele dolorosamente sabia!
... UM SORRISO QUE CESSOU
José enfiou-se na terra, esqueceu de Vindinha e que esta parou de sorrir, ficou sem graça da vida e morreu como nunca tivesse estado ali naquela vila!
... DA SAUDADE E DO ABANDONO
E o tempo passou como um vendaval.
Como assombração que a gente vê, mas de tão rápido num se acredita! Cega os olhos, só se comenta, amedronta, arrepia-se, vira poeira e vai-se pelo tempo..., feito pó, feito ilusão!
E José, enfim foi encontrar Maria, "a sua" ou a de "todos", só ele sabia!
... O TEMPO NÃO OBEDECE AS VONTADES
E nestes tantos anos que passaram Sta..., foi ficando encorpado, mais duro, mais compenetrado, muito havia lido, discutido e trabalhado!
Mas Sta, certo dia acordou preocupado!
Sonhara com o pai, sentiu-se amargurado.
Uma sensação doída, estranhando pois não era dado a estes fatos, sem superstições, nem avisos que sejam de espíritos ou oníricos...
Balançando a cabeça como para afugentar os maus pensamentos, denominou que as preocupações constantes com o pai é que o fizera sonhar...
Disfarçando pra si, deixando de lado essas bobagens. Levantou e iniciou a rotina do dia a dia!
Tomou banho, vestiu-se e foi tomar café na padaria da esquina como sempre fazia, Encontrou Zé seu amigo e conversou amenidades.
Zé que bem lhe tinha, perguntou: Se algo acontecia, pois o amigo tava com a cara de cansado, enfim parecia preocupado!
Stalin negou disse que pouco havia dormido e desconversou, pegou seu ônibus, foi trabalhar.
Porém passou toda manhã inquieto, não conseguindo se concentrar, tentou de tudo, em cantar, assoviar, parar de pensar, até conversou mais que o comum de fato! Mas não adiantava.
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Não recordava inteiramente do sonho, somente algumas imagens rápidas lhe vinham na memória
Mas o que lhe atormentava era a imagem de José, coberto com um manto vermelho, sorrindo e de olhos marejados, andando calmamente de encontro ha um grande rio. Conforme ia andando sua figura ia sumindo... até que a água o cobriu!
Sta, que não era dado a imediatismos, foi ter com seu chefe, dono da metalúrgica, dizendo que precisava de uns 20 dias urgente, pra resolver assuntos pendentes!
Estranhando a atitude de Stalin, que não gostava nem de sair de férias e notando a fisionomia de preocupado e um ar de extremo cansaço. O chefe, amigo disse: Que poderia sair de imediato!
Pois de fato o trabalho estava meio parado e ele já tinha férias acumuladas.
Sta, arrumou a mala, foi a rodoviária e tomou por destino o sertão.
derretido de solidão, sisudo, sentiu um coice de mula empacada no coração ao ver o pai, debaixo do chão. As cabras, galinhas vacas e o silo de Maria, cheios de pó do abandono.
Comunicou aos irmãos que tinha como achar, o falecimento do pai.
Desejava lá chegar e ver seu pai já franzino e para expurgar o mau presságio, sentar e ouvir as anedotas do pai
E Stalin, passou a perceber que na vida nem tudo é razoável! E se perguntava se a alma pode anteceder fatos? Que mistérios existem de fato e o que achamos simplesmente não é!!!
DA DESPEDIDA
Sta, ficou contaminado de dor, foi cuidando entristecido de quando em quando do chão, cabras, galinhas... Que estavam morrendo sob o sol causticante do sertão
A chuva parecendo sentir falta dos agradecimentos do José há muito não vinha!
Vendeu os bichos que ainda tinha. Guardou o silo de Maria e uns tempos depois partiu!
DOS QUESTIONAMENTOS
Tentou juntar os irmãos, movido pela pela fragilidade da perda, mas alguns já tão indiferentes ou tão diferentes, não mais conviviam!
Prossegui sua vida... Simples tendo seus prazeres resumidos em trabalho e livros.
Ficando letrado. Tentando compreender o incompreendido mundo..., O seu!
Como a maioria dos migrantes que conhecia, não tinham na cidade grande alicerçado muito. A não ser muito trabalho e pagar aluguel caro!
E pensava nas terras que tinha deixado..., Tanta terra... Seu chão... sem água, sem lodo, nem barro e aqui só trabalho, pouco remunerado, morando assim apertado e feio num mundo violento de fundo opaco.
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Mas mundo opaco em mente que brilha, ou transforma ou quebra a vida!
Assim quebrou-se a vida de Sta, por algum tempo!
Trabalhava muito, recebia pouco e de pensamentos perspicazes tanto, que quase não se fazia entendido em seu meio! E durante certo tempo a bebida o acompanhou nesses entendimentos e seu dia seguinte sempre era vexado. Um amanhecer desmemoriado, com olhos inchados!
E salvo foi talvez..., Pela bondade do pai e rigidez da mãe!
Questionava o que sua alma ansiava?
Voltar pro sertão? Mas como: Se lá já não tinha nada, sem amigos, pai, mãe e irmãos?
Só sol e chão!!!
Necessitava encontrar seu lugar, pois aqui não constituíra lar!
Pois morrer assim teria sido a vida uma bobagem.!!!
E que vida desperdiçada..., Pensava...
Ficou matutando entre várias possibilidades.
E por vezes nesse transtorno falava para si...
Maldita necessidade que faz o homem sair de sua terra por necessidade e não por vontade!!!
Sentiu-se muitas vezes espezinhado, dilacerado de afetos e hábitos.
Ser migrante na cidade grande, era como se fosse convidado a casa de algum amigo num domingo qualquer para almoçar.
Um dia é divertido!
Porém todos os dias torna-se um verdadeiro enfado!
ARRISCANDO
Matutando, sobre inúmeras possibilidades, escolheu vivenciar a mais estranha..., E que o fez intimamente rir, de fato!
Iria arriscar, não tinha nada a perder!
E o que era só um pensamento de bobagem, tornou-se coragem!!!
Antes comprou nos confusos, centros comerciais, pequenas novidades, canetas multicoloridas, baralhos mágicos, brincos, colares, tecidos, flores artificiais, coisas de maquiagem, enfim uma infinidade de perdulicários!!!
Coisas destas que a grande maioria compra por impulso, na sua maioria sem muita utilidade, somente curiosidades!
Olá Aqui novamente é o Cerejeira rrsrs, amanhã continuo com outras páginas.|
Agradeço e grande abraço!
PÁGINA 13 02/06/2016
RUMO A PRIMEIRA CIDADE E A PRIMEIRA CORAGEM... DE MUITAS QUE VIRÃO
Sta, traçou um plano, "esquisito", porém..., Comprou Sta, um mapa, foi até a rodoviária e ao acaso escolheu sua primeira paragem.
Chegou guiado pelo instinto, agora aguçado!
Disposto a percorrer aquela cidadezinha, até então desconhecida, que ficava no meio do caminho de um caminho qualquer.
E que parecia abandonada de tanto que estremecia sua paisagem desta hora da tarde sob o sol forte.
Aspirou fortemente o ar na tentativa de assim derrotar aquele "suador" que a gente sente quando se está acabrunhado!
Parou frente a uma casinha, de madeira pintada de verde, já um tanto desbotado... , Um pequeno jardim com rosas, margaridas e outros coloridos..., Pensou então: Jardim bem cuidado reside sujeito bem afeiçoado, gente de bem!
Bateu palmas, aparecendo uma velhinha e loga atras agarrado no avental desta um pequeno garoto.
Escondendo-se entre as pernas da avó, curioso e cara de assustado, feito bicho do mato.
Sta.., sorriu. Apresentando-se e pedindo desculpas pelo inconveniente. Dizendo ser viajante, vendedor de curiosidades, que se a dona, não se importava. Se lhe pagasse um pouquinho, em guardar suas quinquilharias, para ele poder rodar pela cidade, pois com tantos pacotes, seria complicado.
A mirrada senhora olhou ensimesmada e Sta, mais que rápido tirou do bolso um carrinho dando pro menino, um agrado. Ele sabia que funcionava, pois no bolso direito carregava um colarzinho para uma menina.
O garoto que estava assutado, arregalou ainda mais os olhos, admirado..., Corou, pegou o carrinho e saiu em disparada para dentro da casa, por certo com medo da avó o obrigar a devolve-lo. A senhora então sorriu envergonhada e por "sorte" deste confiou no "moço". Consentiu, dizendo que se necessitasse houvesse, poderia até pousar ali nos fundos no coberto, perto do galinheiro...
se não se importasse. Enfatizando é claro, que seu filho e genro, logo... logo... do trabalho retornariam e que não teria problema caso houvesse precisão. Que ajudariam de coração, desde que o moço ali respeitasse e que nada lhe pagasse.
Stalin, entendeu é claro a preocupação e o aviso desta senhora bondosa.
Humildemente agradeceu, levou os sacos lá para os fundos e antes de guardá-los envheuse de coragem..., De chaveiros, cornetas, canetas, brinquedos, batons, cortes de tecidos... assim espalhados por seu corpo inteiro.
PÁGINA 14 02/06/2016
Ao sair nas ruas meio que "fantasiado", e digamos que ainda um "pouco rubro" da vergonha, provocou os cachorros que fizeram muito alvoroço, juntamente com seus gritos e apitos, convidando, convidando a todos a saírem para ver o que acontecia que quebrava aquele sossego.
E cada vez que via alguém, dizia:
É BARATO. É UMA PECHINCHA!!!
E as crianças iam-lhe cercando e ele lhes dava balas e sorria e conquistando as "donas"... vendeu em uma tarde e num teco da noite "nos bares", tudo o que havia levado.
Pensou, "vai ser fácil"!!!
Como resultado da luz propulsora dos "obcecados"!
Ao retornar para a casinha verde..., entrou silenciosamente para o pequeno "puxado", que limpinho estava, logo ali ao lado sobre uma cadeira havia à bondosa senhora deixado um prato de comida simples e boa, com uma caneca de café já frio..., Comeu tudo, deitou no chão que estava forrado e cansados demais, "ele e o personagem que adotou", dormiram os dois...
DAS ESTRADAS
E seguindo o destino, novamente na rodoviária ao acaso escolheu outra parada, repetindo a mesma sorte em outros caminhos. Encontrou sucessos, embaraços..., Foi lucrando e em algum lugar do caminho, então acabaram os adereços.
Assim retornou para a capital, indo direto para o mesmo confuso centro comercial.
Comprou tudo o que podia com o dinheiro que tinha e que havia ganhado.
E como criança que gosta da brincadeira. Lá foi Sta, comprou uma perua, tão velha, lenta, boa e resmungona, como uma bisavó!
Traçou outros caminhos, ladrando com os cães, distribuindo balas, docinhos..., Apitando, vendendo lenços, aneizinhos, buzinando...
Então pintou sua perua com vários coloridos e desenhos esquisitos, e dizeres em que se liam:
É BARATO!!! É O MUNDO DA PECHINCHA!!!
E lidando com esta novidade foi ganhando liberdade!
Sta, assim o fez, cruzou as pequenas pobres ou prósperas cidades. E quando encontrava algo diferente, barganhava e assim renovava o interior da perua, para as pessoas de outras paragens e outras curiosidades!
Foi indo qual o destino, " nas advinhações das cartas..., Impreciso". Um mundo de rostos estranhos tornou-se então o seu. E por vezes pensava nas pessoas que não o abraçavam, não choravam e por vezes acenavam com sorrisos tímidos a sua partida.
E de tanto vender e comprar e vender..., Sta, demorou tempos , muitos assim. Indo e vindo para chegar a lugar algum.
Conheceu Sta, se não tudo, quase isso!
PÁGINA 15 02/06/2016
De acanhado passou a articulado. Tornou-se homem de muitas histórias, vivencias, memórias...
Tanto sua estrada tornou-se longa, foi "enricando" e a amigos se afeiçoando...
A perua que tanto o serviu, morreu e Sta, se viu obrigado a enterrá-la, como a um bom amigo! Assim para economizarem suas andanças, pois tinha para a capital retornar sempre, comprou um velho ônibus que pintou novamente nas mais estranhas combinações de cores e dizeres:
É BARATO!!! É O MUNDO DA PECHINCHA!!!
Fez de lá sua casa, seu trabalho, seu mestrado. De andanças aprendeu Sta, que este mundo é grande e que "um grande mundo vive em cada um". Sta, conheceu muita gente boa e ruim, rica ou não, colorida de alma e de pele, cheias de feridas ou de amor. Gentes diferentes, espertas ou indolentes enfim assim foi... Nestas estradas se enroscou entre as pernas de muitas mulheres, porém nenhuma o domou.
Sim, claro, que o coração por vezes esmorecia, as pernas bambeavam mas superados os primeiros suspiros, estes passavam. E o que poderia ter sido não era e a paixão se ia e de carinhos ele era sim Depois do estremecimento do gozo, ficando somente na memória, a recordação!
Acarinhava-as, achava nas mulheres a mais rica graça até mesmo a que elas próprias desconheciam. As enrrusbecia..., do seu jeito, brincava de coisas estranhas e elas tremiam em seus braços e também tinha ouvidos para os seus queixumes... As ajudava como e onde podia. Mas já as avisava, desde antes e depois dos atos: que lágrimas de mulher doida o mandavam para outros lados.
DE OUTROS APRENDIZADOS
Nas muitas cidades que cruzou.Sta., Aproveitou o que tinham de bom. Entre conversas e caminhos, sua sagaz inteligencia a tudo absorvia. Muitos foram os ensinamentos. Assim dizia:
Que tudo é bom e mal, que tudo se aprende e que a vida é um desafio e não um desatino!
Conheceu várias crenças, aprendeu a "dar e omitir" opinião!
Aprendeu como plantar grão, pão, flor, tecido, ferro, construção, carro, bicicleta, cão..., E pronto lá estava Stalin Xavier Guevara do Silva Santos, sempre aconselhando, cuidando por onde passava..., Nada lhe escapava.
Dizia para si e pros outros, só causar espanto que não tinha idade, cidade, nem bem nem maldade! Era muito procurado pelos os que já lhe conheciam e por aqueles que iriam vir a conhece-lo.
PÁGINA 16 02/06/2016
Porém depois de muitos sonhos, vendas e encantos, amigos e desencontros, Sta, sentiu uma certa emoção, que há muito não lhe acossava, um tanto diferente!
A brincadeira cessou...
DO RETORNO
Ganhou dinheiro " o bastante", mas sentiu falta de chão e resolveu chegar ao destino aguardado nos anos passados, do qual havia já quase se esquecido!
Segui Sta, pro sertão, sem parada e de cabeça vazia sem ter raciocínio claro do que pretendia.
Com intuição seguiu o que mandava seu coração. Havia porém por sua vez, um certo brilho em seu olhar e um sorriso meio que atravessado em seus lábios.
Quando Sta, chegou nas terras que pertenceram a seu pai e mãe. Ficou de peito abandonado, como lá estava!
O povo desprovido de tudo..., Comida, vida querer. Seu ônibus assim chegou como se fosse um disco voador, chamando a atenção de todos "os poucos", que como fantasmas ali habitavam.
Crianças, anciãos, até do gado que estavam morrendo da sede e fome do sertão! As terras estavam lá rachadas as poucas cassas em suas maioria se encontravam abandonadas.
E pensou: Isto não pode continuar.
Começou a limpar a casa que fora de seus pais e que capenga estava, tanto pó e bicho que desistiu. Limpou somente o fogão a lenha, pois sentia saudades de assim cozinhar, foi então pegar madeira e cozinhou feijão, mandioca, arroz e um pouco de charque.
Quando um pequeno garoto dos olhos arregalados da magreza, parou na porta ávido da fome.
Sta, pode ouvir sua barriga "bichada" pedindo comida, além da cerralha. Brilhou os olhos do garoto na angustia precoce, daquele já infeliz, pequeno e condenado. E pensou..., "Vida abandonada"...
Chamou o moleque, pôs um pouco de comida no prato, cuidando pro garoto comer devagar, pois nesse munda fome, receio tinha do pequeno não aguentar.
Falou pro garoto em tom inconformado: Isto não pode continuar assim!!!
Porém o ouvinte parecia surdo e mudo, não falava, só olhava pro prato! O que fazia Sta, imaginar..., O que se passava com seu mundo!
O garoto comia e suava e os olhos antes angustiados agora meio que sorriam e agradeciam. Foram ficando meio assim... esquisito, até que colocou tudo pra fora e o olhar agradecido passou para envergonhado e culpado por ter a comida desperdiçado.
Sta, o levou para a mãe, guiado pelo menino ainda torpe, lá encontrou uma senhora magrinha, era a avó, aparentava mais velha do que merecia, cozinhando cerralha e sal, para uma prole de pequenos rostos e grandes olhos vazios. Levou até ela alguma comida que emocionada agradeceu primeiro a Deus e depois a Sta, que pensou, como pode ainda agradecer a Deus diante esta situação? Posto que é certo, divagou..., "Se esta gente perde a fé"... Perde a vida...
"Estranhos são os caminhos que levam ao Senhor"... pensou (mais por ironia do que por fé):
Tamanha humildade naquela vila, que sabe de cor estar frágil demais para um mundo melhor. Consciente que sem Deus não tem sentido ter vivido e que seu caminho já se encontra curto pois está muito bem traçado. Esperando o bem divino pra alma e lá encontrar a paz que aqui não há!!!
Olá pessoal, aqui agora é o Cerejeira rsrsrs... amanhã continuarei a postagem... tem novidades para vir. Agradeço e enorme abraço...
PÁGINA 17 06/06/2016
DA MORTE DO VILAREJO
Nos dias seguintes foi ficando de conversas. Assim soube que o riacho secou então a terra rachou e agora a vila era de anciãos, mulheres e crianças. Abandonadas pelos seus na busca de trabalhos nas grandes cidades.O que era para muitos uma afronta do diabo, posto o que fora fora um pretexto do destino ir à busca do remediado, tornou-se a vila dos abandonados.
Muitos, a maioria jamais voltariam. Lá já não havia dinheiro, justiça do homem ou Divina ou governo. Não havia prefeito, funcionários, nem provento, somente descaso e desprezo.
DA CONSTERNAÇÃO A BUSCA DE SOLUÇÃO
Sta, foi para a capital um tanto longe dali, falou com engenheiro, prefeito, bispo, pastor, agricultor, comerciante, banqueiro, encanador, bombeiro e passados um tempo qualquer voltou. Financiado pelo banco, igreja, prefeitura pois Sta, era ótimo negociador.
"Que se esclareça desde agora", não por Stalin que ele não precisa, mas sim a você leitor!
Stalin havia feito dinheiro, penhorou seus imoveis e suas economias, que não eram tantas assim porém prevaleceu um de seus dons, era ótimo articulador.
De mais a mais é bem verdade que milagre quando tem de vir, não há nada que esmoreça, aconteça o que aconteça...
E digamos que aqui se vale apontar a frase que anteriormente já lemos.
"Estranhos são os caminhos do Senhor"!!!
Pois assim como o ferreiro nasce pro aço, o astronauta pro espaço, a abelha pro polem, o artista para palco, o sorriso pra vitória e a vitória para o abraço.
Quase oníricamente aconteceu...
O sertão precisava de Stalin e ele apareceu...
Voltou então ele, com sacas de sementes e plantações no pensamento.
Passados alguns dias por lá chegou... O engenheiro... o Pastor com obreiros... O encanador e outros...
Trouxeram para lá imas engenhocas com manivelas e correntes, movidas a diesel e mãos pesadas e nas terras de Sta, foi esquadrinhada a água e fez-se o poço artesiano e de seu veio cristalino e pungente, incansável feito artéria de gente...
Depois dos barulhos das máquinas que faziam espantar as araras, ribombando como falso trovão, jorrou primeiro o barro e depois o futuro de um lago e Sta, disse:
Mesmo sem a fé dos cristãos.
"Graças a Deus e a Maria"
Talvez buscando nesta recordação a benção de seu pai e mãe ou do pai e mãe de todos.
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DOS AMIGOS VINDO... DO INICIO
Sta, escreveu pruns amigos: Pediu ajuda, pagaria suas despesas de viagem e que se estivessem dispostos e não tivessem muito a perder e pudessem dispor desta distancia e dos tempos, convidou-os para ali virem.
Surgiram então naquelas cercanias, com mochilas e idéias minímas do que o amigo pretendia!
Porém dispostos a trabalhar no queria Sta.
Este comprou por ninharia algumas terras vizinhas.
Traçou planos, organizou as poucas mulheres que tinham forças para trabalhar pôs o destino para andar!
Dos muitos que escreveu, chegaram os primeiros.
Estevão com seus cabelos de fogo. André, forte e atarracado. Passarinho como já diz o apelido, mirrado e fraco e Jota um borra botas, mas todos bons e sem chão!
Braços fortes e vida dura! Aravam, irrigavam e a terra no seu devido tempo respondeu.
Dos suores dos corpos aos brotos do chão. E desta beleza que a vida trás, fez-se os olhas daqueles que la moravam murmurar.
Arrumaram as cercas, construíram galinheiro..., Comprou Sta, cabra, pinto, ração, jegue e uma vaca já prenha.
E conforme jorrava a água, brotava da terra à vida. Plantaram cana e Sta, ensinou a Jota a moenda de seu pai pois Jota que era avesso a bebida, depois de quase perder a vida para ela.
Assim, o incumbiu das responsabilidades do alambique. Pois temente como era não sucumbiria ao vício. E de gosto apurado e experiência de fato , saberia este reconhecer os melhores sabores e odores que compõem uma boa bebida.
Pra vender na capital as cachaças com ervas que aprendeu nas viagens.A promessa destas ervas que aprendera eram muitas, que curavam medo, deixavam homens e mulheres selvagens e pra procriar criavam milagres.
Trabalhava obstinado Sta, deixando a todos exaustos, ao redor da fogueira do bate papo movido a lenha nas noites de brisas quentes!
Primeiro foi alimentando a terra. A terra alimentou as mulheres que alimentaram as crianças, que alimentavam os bichos.
CAPITULO 19 06/06/2016
DA COOPERAÇÃO
Sta, escreveu para outros tantos amigos e conhecidos:
Conseguindo que chegasse até lá: Roupas, sapatos, remédios e uma infinidade de coisas.
Até receita de bolo, ração pros animais, dicas na lavoura e dicas de irrigação, sementes, idéias inovadoras de plantações suspensa, conselhos dos mais diversos e até mesmo místicos.
E tudo era aproveitado!
E trabalhando durante o dia e escrevendo a noite, todos os dias, chegava algo em suas mãos, percebido isto pelas datas das postagens pois o correio ali não chegava e Stalin a cada quinze dias, mais ou menos, ia até os correios e voltava cheio de cousas nos braços e no rosto o sorriso, qual um menino!
Certa vez chegou por lá 2 caminhões, pois ganhara de um grande fazendeiro amigo seu, um casal de porcos, de gado, de pato, peru, codorna, coelho, ovelha.
Dizendo-lhe bem humorado que o amigo era "amigo" Noé... E disse bem Stalin ele começou assim e que Deus lhe acompanhe!
Neste período uma senhora estrangeira, amiga sua. Foi até lá, passou tempos ensinando as mulheres, (apesar de seu forte sotaque, que fazia rir as moças e vexar as velhas que ão lhe compreendiam), o tear de tapetes, o enfeitar de brocados. Construindo alguns teares ela se foi, deixando o aprendizado.
Com o tempo foram chegando mais alguns amigos ensimesmados, meio perdidos... meio quebrados e alguns com esposas e filhos nos braços.
DAS CONSTRUÇÕES
Outras cabanas foram levantadas, construídas com o próprio chão, as mãos no barro!
Alegres as crianças brincavam pisando a terra e água, misturando travessuras, capins, lutinhas e enlameados todos ficavam.
Certo é que tudo era tosco, bem simples, mas tinha por exigência de Stalin, algo de agrado aos olhos e cada morador tinha que trazer à sua moradia um qualquer de encanto!
Ficando a vila com ares no mínimo engraçados.
Pois sabia Sta, que a vida por mais simples que seja corre atrás da beleza pois se aqui não há é de lá que o coração vai buscar, tão certo isso, como é o fato, que antes do sol nascer, prenuncia o galo!
E Stalin, como já comentado a tudo era antecipado, carente das surpresas sempre sobrepondo as evidencias. Sempre havia e sua mente algo planejado. Assim conforme a demanda merecia, crescia "arejada" a vila.
E aumentava a responsabilidade de Stalin. Ele dizia: Não dá para parar e o jeito era para a frente andar.
E assim Sta, direcionava aqui, escrevia ali... Ganhou algumas terras de ninguém. Plantou milho, mandioca, algodão e a terra antes desenhada de vincos e rachados, formou-se como um lindo e caprichado bordado de verdes variados!
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DO AMIGO
Um velho índio, foi até lá ensinar a fazer remédio das plantas e ervas, juntando aos conhecimentos das senhoras da vila e Sta, de tudo aprendia e de tudo um pouco fazia, só não benzia, pois sua fé era curta, faltando a ele essa poesia!
Consegui a visita do dentista, do médico e em breve nenhuma criança sofria dos males da lombriga, barriga d'água e dos dentes estragados.
Passaram tempos difíceis..., Sim! Mas depois de ido o tempo, tudo se produzia..., Se vendia.
E o povo comia!
Foram voltando aos poucos alguns dos filhos e maridos que se tinham ido atrás de trabalho e de sobrevivência, preenchendo as almas das mães desassossegadas e os corações das esposas do amar mutiladas.
A vida foi tomando ares de diversidade. Tamanha quantidade de culturas e hábitos diferenciados.
Passou a ter um colorido de trejeitos e trajes.
Gente do norte, sul, do leste e oeste e até os estrangeiros, estudiosos, filantropos...
Vidas de contrastes. Mas o que Stalin apreciava ademais eram os olhos com que cada um olhava... Um quê de orgulho... senão isto, de convicção!
Qual a sensação de ser abraçado por um amado ou ser lembrado num momento de solidão ou o compartilhar de uma boa notícia.
Destes olhos, cada quais diferentes, puxados, castanhos, verdes, arregalados, fundos, juntos ou separados..., Mantinham uma espécie de quietude, quase uma possível felicidade ou a confirmação dela!
O que sucedia talvez fosse uma insurgência da necessidade, da falta de sociabilidade e desta vulnerabilidade... algo além da utopia, emergiu!
DO RETORNO DA FAMÍLIA
O que deixou Stalin muito feliz foi a vinda de dois irmãos com suas famílias e uma irmã sozinha...
Valdizia, que cansada da vida de diarista, depois de ter perdido seus dois filhos:
Um pras drogas outro pra cobiça e o marido pras bebidas, veio trabalhar com o irmão em busca de esperança no coração. E de alma que se tomou por isso, silenciosa, foi o braço direito de Sta.
Além destes que vieram e ficaram para viver e no trabalho cooperar, veio alguns outros, para reclamar o dinheiro das terras agora frutificadas, fingindo-se injustiçados, trapaceados.
Quanta decepção perceber que os seus assim pensavam. E para evitar problemas pagou de seu bolso o sossego.
E para evitar problemas futuros, somente para aqui documentar.
Organizou uma ONG, e dela lá tudo era, desde um prego, as máquinas, os bichos e a terra!
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DOS PENSAMENTOS
Coisas assim faziam-no pensar!
"como filósofo que era", buscando em variadas vertentes, temas e conceitos, algum entendimento:
Qual objetivo do Homem, porque somos tão individualistas?
Será que Deus apressou-se demais, pois revela a gênesis, que a criação do mundo de fato deu-se em 6 dias pois em um a mais ele descansou...
O que era um tanto rápido pra tanta alquimia.
Que a natureza é perfeita em seu processo de evolução como Darwim, afirmou!
E porque o Homen que nasceu do barro, faz parte dela... tanto errado agia?
Uns dizem que somos o mais próximos do que Deus se revela, através de nós e "nossa consciência",
se manifesta... E quando dito isto é bem a verdade que somente "as virtudes " se observa!
Mas Stalin, desconfiava que algo deu errada nessa esfera. Que se instalou no meio de nós uma lacuna e que no passado remoto, não aceitando nossa fraqueza pros males, criou o Homem, um mito o "Diabo", meio que assim, para nos redimir da culpa da imperfeição e assim preencher este espaço, para "taparmos" o que cavamos com a própria terra que retiramos!
Por vezes Stalin, achava que nos encontramos em desvantagens com essas quimeras, posto que se até uma formiga que ao nascer já é plena pois nasce sabendo o que tem de ser, sem esperar, sem buscar já é e ponto e fim!
"Seria mais fácil sermos assim"!!!
DAS DIFERENÇAS
Certo dia numa prosa o índio velho, o aconselhou:
Olha amigo, aqui já tem muita gente! Gente do sul e do norte, gente branca e preta e amarela, gente cansada e gente cheia de esperança, gente moça e gente velha, gente que lê e gente que não, gente de fé diferente e gente sem..., Loga vai dar confusão!
Por dinheiro, por inveja, por vício ou egoismo. Tem de ser tudo igual, como povo índio, tudo viver junto!
DOS ACERTOS
Stalin, lhe entendeu e percebeu uma pouco da razão!
Centralizou a cozinha, dividia as tarefas, organizava à venda do que sobrava e depois de tempos já habitavam ali mais gente que o imaginado!
O trabalho foi crescendo. As crianças lendo na roda de leitura em volta a fogueira, livros doados... que ficava a disposição sendo já estes ensinados nos cuidados que teriam de ter.
montaram uma pequena "escola", onde quem sabia ensinava de tudo: A fazer carrinho de madeira, vaso de barro, boneca de pano, plantar flor, poesia, cuidar de boi, escrever e ler, tudo para adultos e crianças.
As crianças adoravam ouvir aula debaixo do pé de jatobá e todos aprendiam, pra saber o que melhor podiam fazer, seja cantar, dançar, somar, pensar...
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DAS CRIANÇAS
Stalin, não tinha muito jeito com as crianças mais por falta de hábitos do que por afinidade. Porém sempre que podia lhes denotava especial atenção... Corria pulava, ria e estes eram um dos poucos momentos de descontração.
Devido ao tempo que suas tarefas consumiam.
Adentro esta atenção ele queria incutir nessas pequenas mentes e corações as possibilidades de crescerem, instruídas não só por intelecto, mas principalmente na emoção, pensamentos destes herdados do seu pai... Talvez?
Certo dia diante uma das brincadeiras, surgiu uma ideia se era boa de resultados ou não...
Não era importante pois devia ser interessante...
Neste tempo já era comum Stalin receber visitas interessadas em conhecer a já tão comentada "vila".
E num dia destes, estava ele apresentando o que um grupo de estudantes indagavam curiosos ou admirados.
Quando uma jovem muito descontraída como os jovens são em sua maioria,, perguntou com um meio sorriso... Seu Stalin, estive observando todas as crianças que vi carregam consigo um bichinho diferente, galinhas, cabritos, porquinhos... quando o normal, não seria cão e gato?
Ele sorriu da observação da moça e disse: Que uma certa época instalou-se, não sabe o porque um medo geral de mulas sem cabeça, curupira e coisas assim das fantasias..., e ele estava a brincar com estes e num certo momento... que estava anoitecendo, os pequenos passaram a se entreolhar, meio que assustados e falou um deles que ia pra casa rezar pro seu anjo da guarda, que estava chegando a hora do medo...
Então perguntou: O que são estes anjos pra vocês?
Ahhh ele nos protege do lobisomem falou um... Ahh ele não deixa a gente cortar o pé... Ou ahhh quando a gente esquece de estudar na hora da prova ajuda a tirar boa nota... Não deixa a gente levar bronca quando fazemos algo de errado disseram outros... e principalmente disse uma... pra nos proteger no escuro quando a gente dorme e todos concordaram..., Coisas assim do mundo dos pequenos!
Então fez uma brincadeira se cada qual não queria ser o anjo da guarda de um bichinho, assim ambos se protegeriam... A moda assim pegou e cada qual desfilava com o seu anjo-mascote. E não teria como ter tantos cães e gatos assim... e o jeito foi improvisar e riu... Alias todos riram e acho que até lembrando dos seus medos infantis...
Mas certo era e já sabia que onde ele punha as mão, ninguém discutia, posto que já era certo que o certo viria. Como o tique e taque de um relógio pontual e inexplicavelmente os resultados todos já conheciam.
Era um ser positivo. Visionário que era, enfim nós não vamos aqui nos demorar, pois as particularidades de Stalin, já não se faz necessário evidenciar!
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DOS ACERTOS
E assim se vendia na cidade as rapaduras os melaços, as pingas com ervas e aromas inatos, os grãos os bolos, os queijos, os tecidos, os brinquedos, os enfeites, as rendas, os legumes, as carnes de sol dos coelhos, porcos, codornas e tudo que dali se produzia, pois farta estava a vida.
Sta, administrava tudo muito bem.
Desde as intrigas e brigas porém não se envolvia, mas se tinha que intervir ai sim agia!
Teve de fazer acareação, pra resolver de roubo de sapato a roupa de varal.
E se o sujeito agia de má fé tinha uma segunda chance porém se houvesse reincidência, tinha de ir embora!
E como lá era bom... poucos foram embora nesta razão!
O MITO
O Tempo pra ele era diferente das outras gentes!
Diziam as miúdas... de boca a boca... E dizia ele mesmo "talvez" pra passar algum assombro nas duvidas dos outros... Dizia: Estou em todos os lugares ao mesmo tempo e "pior" assim conseguia...
Como? Ninguém sabia...
E como não se encontrava explicação fora se formando lendas... por aquelas gentes!
As crianças diziam "que bem se compreendia" pois se o olharmos debaixo para cima que ele era um "gigante" e de fato ele era grande. E os que lá viviam dos tempos anteriores, poucos cresciam muito "resultado do passado de pouca e pobre comida"!
Ele era largo como um touro e muito diferente em tamanho aos seus. E voltando as crenças, diziam alguns que ele era "anjo encarnado". Outros ainda afirmavam ser ele filho legítimo de Xangô em mais pura linhagem. O primeiro por bondade e o segundo por justiça!
E na boca do povo até um tipo de misto de Maomé ele se tornou... pra desespero do padre! E pra aqueles que o temiam, diziam que era o Diabo, tentando se redimir dos dos seus próprios pecados assim transformando a vida deles, tirando o fardo dos desesperados e para depois tendo de tudo o que precisavam... " Caírem na tentação da preguiça ou presunção"!!!
E lá no juízo final irem assim prestar contas.
Mas que de unânime opinião foi que se habituaram a fartura e (sim por resultado de muito trabalho), e que se tiverem que prestar contas que seja pela alegria de ter um lar e comida à mesa e não pelo desespero.
Pois que pecar é tão certo na vida dos Homens, quanto a morte... como a morte para a vida que seja então pelo primeiro.
Com o tempo ninguém mais interrogava, todos aceitavam o mistério do homem que a tudo transformava. Assim meio que sossegava a responsabilidade de cada um e sentiam-se livres para ser eles mesmos.
As crianças eram cuidadas por todas as mães e pais e os velhos por todos os filhos!
De início alguns estranharam dar afeto ou amor e atenção aos filhos de outros porém foram se acostumando e acharam até bom!
O tempo antes resumido agora parecia estendido!
Por hoje é só... amanha continuaremos... um grande abraço e boa leitura
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DAS COMEMORAÇÕES
Quando aniversariou o primeiro poço, sempre haviam festas e desta foi agendado uma missa , uma roda umbanda e um culto evangélico para comemoração.
Também a final do campeonato de futebol pois a vila dispunha de 4 times posto que tudo ali era sempre aos pares por mania de Stalin.
Acreditava que os pares sempre prosperam, como se dessem crias..., E haveria também uma pequena queima de fogos para trazer a criança que existe no adulto e pra alegrar os olhos dos pequenos. Haveria musica de violeiro e sanfoneiro durante o dia e a noite inteira!
As "donas" fazendo doces, tortinhas e salgadinhos e os homens se preparando para um belo churrasco.
Porém aconteceu um perrengue: O crente fazia birra pro umbandista que ria com seus exus e pombas giras. Os católicos criticando tantos cultos diferentes, chamando de heresia. Os Espiritas em suas desaprovações e os gnósticos desprezando e o pessoal do candomblé girando...
Stalin percebendo que tinham tanto o que comemorar, todas as conquistas e dadas a estas questões de rincha de pouca importância, reuniu seus representantes e dizendo que se não estivessem prontos para uma simples e bela comemoração.
Pois foi por ouvi-los e respeita-los que pediu a representação destas "bençãos". Que chamou o padre para rezar missa, ao pastor a benção e ao pai de santo o benzimento e se assim continuasse esse desatino não iria dar preferencia para nenhum... e seria fácil, cancelaria qualquer culto, não teria festa alguma e os insatisfeitos teriam canceladas suas moradas.
Pois quem gera intriga, por se achar maior ou melhor que este ou aquele não merece divertimento, nem seriedade!
Tamanho foi o susto, que enfim se aprumaram!
Consegui levar Sta, até um amigo seu com seu circo, colorido, alegre e mágico, "O grande circo mágico"!
A festa aconteceu e durou 2 dias e Stalin nunca tinha visto tanta alegria reunida. E a "grande" final do campeonato de futebol teve de ser adiada. Os "atletas" por assim dizer de tanto comer e beber já não conseguiriam correr e seria claro judioso priva-los desses exageros.
O primeiro jogo ia lento e as torcidas meio que "dormindo" do mesmo jeito e assim se aplaca o cansaço.
Quando por interferência de Stalin, ao observar o povo cansado falou ao amigo que invadisse no meio daquele "jogo-fracasso" o campeonato.
Que invadido foi em meio ha muita algazarra... Entrou anões, macacos, mulher barbada, elefantes e camelo e fez-se do jogo uma grande marmelada e do riso todos faram com os palhaços as gargalhadas!
DESTINO VITORIOSO
De inicio Sta, baixou muitas medidas de higiene e organização.
Construiu com ajuda de uma ONG destas voltadas pra ecologia, montar um sistema de reciclagem da tão generosa valiosa água um belo sistema de reciclagem para ser reutilizada... regando jardins, para lavar galinheiro chiqueiro e barracão. Era um sistema muito simples que não custava só fazia por se merecer.
Construiu para as casas cisternas que armazenavam como preciosidade as águas das chuvas que agora vinham dar o ar da graça porém ainda eram poucas.
E assim foram inúmeras as providencias..., As dele e as divinas...
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DA SAÚDE
De tanta gente presente os cuidados com a saúde passaram a ser evidentes.
E para aqueles de estômagos largos, foram ensinados a emendar cortes nos pratos, a reposicionar "ossos deslocados".
Para outros sábios e atentos a perceber se a febre era física ou de lamento.
Pros outros saber medicar, aplicar injeção, soro ministrar, curativos trocar. Então se alguém ficava doente, sempre era assistido pelo vizinho ou o vizinho deste.
porém se o caso fosse complicado o sujeito era pra cidade levado.
Mas os males eram pequenos e poucos dali foram socorridos para fora de seus lares desde os mais velhos aos mais novos.
Alguém sempre dava inalação, sabia mal do coração e por sorte que ninguém sabe?!?
Ninguém ali morreu desses males.
Aliás, curioso era o fato de ali não existirem túmulos. Não que a morte ali fosse proibida e mesmo que fosse difícil seria ter esta "ordem" seguida.
E também diga-se mesmo que de passagem que a morte não é sinônimo de mal presságio porém ali simplesmente não acontecia!
E por testemunha tinha dona Conceição que contava seus 109 anos e continuava forte feito um cacto do sertão.
Então era tratado mutuamente desde a calos a hemorroidas, desde diabetes e cólicas...
... DESTINO VITORIOSO
Todo o lixo orgânico era enterrado pra ser transformado em adubo e todo o restante tinha de ser aproveitado. Os que podiam ser reaproveitados para uso no artesanato e o mínimo possível era lavado e acondicionado para ser levado a cidade em quantidade para vender.
Agora mais gente chegava... Sta, conseguiu de um empresário da capital, um velho trator que não estava sendo usado... e que "trabalhou muito" ali de fato...
Foi quando por efeito um fez-se um grande açude que demorou, mas encheu o "danado" e Sta colocou lá peixes variados.
O que foi alegria pras crianças tomar banho no lago e também pros patos e no prato peixe!
E para os pais o consentimento de sentar a beira do lago e poder pescar e ver a vida passar, destas coisas que amamos.
A calma da água. O reflexo do céu, o filho brincando, os pés molhando.
Puros são estes momentos que trazem poesia para qualquer gente.
E agora tinham até criadouro de rãs!
E quem não conhecia o que antes era não crê no que se tornou!
Os animais foram procriando, bem tratados, pois assim Sta, acreditava que os animais correspondiam, oferecendo mais leite, mais ovos e carnes sem o "veneno do medo"! Dizia.
Sta, passou a receber muitos amigos que lhe passavam tabelas de nutrição... economia..., Recebia visita de políticos, religiosos, jornalistas e filósofos...
Como já era muito conhecido e comentado muitos o procuravam para se auto propagarem, outros buscando privilégios porém Stalin de sorte e esperteza sempre revertia isto de tal forma para benefício do vilarejo, que conforme já comentamos, crescia e se emancipava sem precedentes.
Olá por hoje ficamos por aqui, amanhã teremos mais... grande abraço e paz aeee
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DO GOVERNO
É certo que conforme o vilarejo emancipava e a fama do local era divulgada aos quatro cantos. E como enfatizava Sta, "tudo o que é par por si só se procria".
E crescia então como uma bela dama as histórias por lá alcançadas.
Deixando as sociedades de outras esferas "curiosas"?!? Aos jornais rendendo boas manchetes e ao povo boas prosas. Porquanto tanta fama, faz cabível despertar cobiças e tramas.
E nestes zuns... zuns.. zuns, qual enxame de abelha, fez-se notícias e notícias e por fim o "ESTADO"
(coitado) sentiu-se fragilizado!
Como pode uma máquina "democrática" , tendo suas bases formadas com tanto apreço, ser afrontada pela ideologia de um "não sei quem"?
Pois assim comentou o Sr. Governador, de segredo com seus assessores, todos inquietos, em seu lino gabinete!
Alguma medida temos que tomar! Sua boca quase praguejava, em sua face avermelhada da raiva...
Pois se por ventura , cada sujeito achar que é de direito, sair por ai dando seu jeito! Sem prestar contas e aí meu Deus..., "Se a moda pega" o sertão vai virar bomba e bem sei apontará "levantes" entre o Estado e seus cidadãos.
E este "coitado o Estado" , somente terá encargos...
Já antevejo, pois sim, colapsos. Vai saber o que se passa na cabeça desses pobres coitados..., Anarquistas!?! Comunistas!?!
Desviando as cabeças dos cidadãos desavisados!
Perguntou então um dos secretários:
O que podemos fazer?
Talvez cobrar impostos, sugeriu outro...
Srs., todos os impostos estão pagos, esclareceu outro.
E infiltrar um sujeito e ver se bagunça essa gente... sorriu cinicamente outro.
Confessou com disfarçado constrangimento o Governador: Era segredo, porém já o fizemos e os relatórios são de outros resultados aos esperados. E inclusive perdemos o tal informante pois lá este que deve viver, além de alertar o tal do Stalin, que já se acha que de "espiões" estar vacinado!!!
Pensaram... pensaram... discutiram e depois de muito para a capital Stalin, com pompas e e honras foi convidado.
Antevendo receber "louros" para as próximas eleições. Queriam seduzi-lo e tentavam de forma "simpática e coerente", diziam que colaborariam com dinheiro, projetos, interfeririam tudo a seu favor.
Elogiando-o por tantas vezes e com tanta eloquência e veemência, que fez Stalin rir por dentro...
PÁGINA 27 09/06/2016
"Acham estes sujeitos que possuo algum tipo de "demência?!?
Avesso a essas regalias porém mantendo a diplomacia... Despediu-se... Agradeceu... deixando em suspense se sim ou se não... Sorriu, apertou-lhes as mãos e foi-se.
O Governador, seus assistentes e secretários, sentirão-se minoritários ou porque não dizer otários!
Diante a força deste "adversário"!
E como a cautela nesses momentos de embate é boa conselheira posto que índole não se refreia, decidiram ficar assim de "soslaio" e não mexer no vespeiro.
Vamos esperar, disseram uns aos outros, tentando se animarem.
Quem sabe um deslize qualquer..., Falou o Governador
Vamos pacientemente aguardar pra vermos no que dará... disse outro
E expirando o ar dos pulmões em sinônimo de inconformado, firmou-se em seu trono o tal Governador... Um silencio geral se fez e um qualquer incomodo ali se instalou depois que o homem saiu. A todos "inquietou"!
E não ousaram olhar uns nos olhos do outro, disfarçando, procurando papeis , canetas mexer nos bolsos... de manso foram realizar suas "tarefas"...
E como se fosse Jesus, este Stalin, em sua santa ceia se portou...
A saber os outros a tramarem..., pois com eles riu, comeu, bebeu e dignamente e saiu deixando neles o vazio!
DAS RELIGIÕES
Instituições existem e estão por toda parte!
Certa vez, Padre Aníbal, amigo seu da capital mais ao sul, visando o mundo crescente do povo que lá se achegava, ia vez ou outra preferir missa, realizar batizados, sacramentar união de casais e também ouvir alguns murmúrios de pecados antes não revelados.
A viagem era longa e Padre Aníbal de alma abnegada ia e vinha por estas estradas difíceis.
E já velho, o corpo não acompanhava o que a alma mandava. O que foi ficando pesaroso ao Padre gordo e bondoso, repetir estas façanhas.
De conversas apontou a Sta, a possibilidade de arrecadar doações e de uma igrejinha lá erguer e poder mandar um Padre moço para orientar e amparar as almas do povo.
Mesmo Stalin, não sendo religioso, sabia que nem todas as ovelhas conseguem andar sozinhas que precisavam da liderança da fé e dizia assim tira da alma de muitos a letargia. Mas como poderia incutir no povo uma só religião? A católica se existem tantas variantes..., nascidas dela mesma ou de outras sociedades, visto que ali tinha a tradição Africana, Luteranos, os alternativos Gnósticos. Portanto são tantos os segmentos... Dizendo ao Padre que sinceramente ficava feliz, sabedor desta boa intenção, mas se assim agisse , preteriria uma a outra.
Melhor não ter nenhum prédio sendo construído para algum dogma específico! Pois a harmonia a duras penas ali conquistada, poderia ruir. Porquanto se paredes nesse intento fossem ali levantadas!
Mas disse: Mas vale nos auxiliar se assim aprouver, as missas ao ar livre continuar pois teto o povo tem e Deus, não precisa dele não!
Cada lar que mantenha a sua fé e se quiserem faça lá um altarzinho da fé que eles mantêm!
Porém a história evoluiu e outras instituições religiosas também foram até lá nas mesmas histórias.
E estas foram tantas por suas insistências e não só de seus representantes como também de parte do povo.
Que Stalin, reuniu-os dizendo:
Aprecio suas intenções, portanto para termos aqui uma igreja, um templo evangélico, um terreiro espírita ou que seja um budista, nós não dispomos de espaço o que torna isso inviável!
Se todos aqui isto desejam que se façam estas vontades, porém, proponho que se reúnam as idéias e os recursos e construam um lugar de uso comum!
Assim dando exemplo pro povo, organizando seus trabalhos, dividindo espaço, argumentos e horárias.
Pois se é pra proferir fé, salvar almas, que fosse através da união!
Ouviu-se então todos os tipos de indagações, reclamações e despautérios sobre este devaneio...,
Mas depois de tempos muito discutidos, prevaleceu a verdadeira fé e foi aceito o que Stalin propôs!
PÁGINA 28 09/06/2016
Construíram um galpão com espaço para que cada qual cultivasse suas crenças.
Veio então pastor, padre, orientador espiritual, budistas...
Naturalmente ocorreu o que Sta, denominou de remanejamento, um ou outro de religião trocou. Porém depois de ajustadas as trocas acabaram as caretas, intrigas de opinião e as organizações prevaleceram. E dizia Sta, A convivência ou faz o Homem aprender a tolerância ou então desmanda!
A tolerância traz compreensão e desmanda não tinha lugar lá não!!!
DAS ESCOLHAS PESSOAIS
Por onde passava as mulheres suspiravam, mas Stalin, reservado não fazia caso.
Por escolha não se envolvia com nenhuma mulher da vila!
De quando em quando ia a capital e por lá ficava uns dias..., Durante o dia cuidando dos negócios e durante a noite desafogava suas responsabilidades nas mulheres "da vida".
E continuava mesmo cercado, admirado, realizado porém só!
DE A CESAR O QUE É DE CESAR
Depois de ouvir, conhecer e viver muitas situações, soube como manter as pessoas próximas mas somente o suficiente, para não excederem no respeito e ate quem sabe exceder seu "poder"!
Conforme foram chegando famintos, alquebrados, brutos e desamados e o tempo lá vivido já a estes havia mudado. Posto que a situação já fosse outra como sabemos. Porém para não sofrer decepção pois entendia que primeiro vem a gratidão e logo em seguida desta vem a rebeldia.
Como se Deus aferisse um pedacinho do Homem ao Diabo para confundir as cabeças!
Montou um fundo de permanência, onde tudo o que era produzido e não consumido entrava para este fundo e quando alguém decidisse ir embora recebia seu dinheiro justo.
Mesmo não sendo ali lugar de emprego e sim de refazimento!
DA RECOMPENSA
Nos olhos de Sta, brilhavam o reflexo da terra verde era de tanta satisfação que por projeção incompreendida da natureza, seus olhos que de pretos vivos transformaram-se em verdes!
E ademais o povo aprendendo, os animais procriando, as crianças sorrindo com os velhos; outrora quase mortos e agora rejuvenescidos!
E Stalin pensava... Onde não havia criança correndo e velhos sendo ouvidos, não havia vida e nem objetivos
Olá pessoal por hoje paro por aqui, boa tarde e estamos quase no fim... esperem pois terá surpresas.. abraços fui...
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DA AUTORIDADE
Certa vez surgiu um delegado, não soube Stalin, se prepotente ou enciumado, dizendo-se oreocupado, devido ao numero de pessoas que lá estavam.
Propôs por um posto policial.
E Sta, sabia que autoridade contrariada é encrenca comprada!
Ali não havia arma de fogo e dizendo ao delegado:
O Homem é um bicho somado, se tiver arma de fogo as vistas de todos, um ou outro se sentirá ameaçado e mesmo o sujeito mais manso pode correr atras da sua, para não sentir-se vulnerável!
E onde tem arma de fogo tem alguém que quer matar e alguém que quer ser matado!
Stalin exitante dizia:
Que pra "comunidade" bom seria ter alguém representando a justiça, mas se viesse policial que não fosse armado. Pois já passado tanto tempo, alem de briga de homem com mulher e desavenças próprias das machezas nada grave havia ocorrido!
E acreditava ele que ..., O que mais se teme, vinga feito erva daninha! Mais cedo ou mais tarde.
Pois pense delegado..., Onde existem mais trancas, grades e excessos nos cuidados contra roubos e assaltos é onde existem mais sobressaltos.
O medo toma o corpo e chama os desalmados, que vem e se realizam como se tivessemouvido uma espécie de chamado.
E aqui não temos muros, nem fechaduras, nem coisas que valham a pena para os debandados. E tendo armas à vista de todos e nunca se sabe ao certo a disposição dos ímpetos de alguns, temia ele, acabar o sossego comum!
E se pensarmos bem, se delegado, costurar sujeito esfaqueado é mais fácil do que sujeito furado de fuzil..., se acaso viesse a acontecer!
O delegado compreendeu.
Aceitou a proposta desde que tudo se mantivesse na ordem da lei.
Mandou pra lá um jovem policial, que orientado foi em esconder sua arma, como um Padre que se cala diante as confissões dos pecados!
A GENTILEZA VENCE A BRUTALIDADE
E o policial que andava pra lá e pra cá o dia todo com ares de aborrecido e desconfiado meio assim que reticente, sem o seu poder de "Deus" nas mãos, foi cansando...
E Stalin a ele observando, foi ter com ele e lhe sugeriu...
Se fosse eu "tu", ocupava teu tempo. Pois "sossegue" , que aqui não haverá destempero!
E sem pretender ofende-lo, a arma que lhe faz tanta falta é que o deixa assim, sem ela fica "nu em pelo", não lhe trará felicidade alguma ou outras garantias quaisquer.
Vá e componha-se, nesse solo, ensine aos que não sabem, pois sempre há tanto a aprender e ensinar!
Ensine por exemplo, primeiros socorros, ressuscitamento, defesa corporal e valores moral.
"Coragem de verdade posto que estes sim enriquecem uma sociedade"!
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Se puder, lhe peço: Não fique comentando as diligências e brutalidades que já participou, pois acredite o verbo tem sabor e assim não queira ser "herói" pela dor.
E passado algum tempo a conversa de fato teve efeito.
E agora o jovem soldado andava para lá e pra cá o dia todo a brincar com a garotada, ora ensinando, ora aprendendo.
Até que vislumbrou uma bela garota dali, abandonou a farda e foi cuidar da terra, dos bichos, do amor e da vida!
DAS SATISFAÇÕES
E assim para cada um que desenvolvesse uma função a mais na "comunidade", ganhava-se mais no fundo pessoal.
Dons e aptidões foram florescendo. Posto que já havia música, esporte, leitura, arte..., Sem a violência que assusta nas cidades!
E Stalin, sorria satisfeito...
"Como a magia ou a benção de Deus ou de Maria e José, não sabia!
Por certo Deuses iluminavam ali, parecia que ninguém queria partir e só chegar!
DA ROTINA AO MITO
Ainda não dispunham de energia elétrica e durante a semana a "vila" dormia cedo.
Em meio à madrugada Stalin, saia observando o silêncio dos Homens e os barulhos dos insetos, aproveitando estes momentos de privacidade! Integrado com a noite. Suavizando a vida no doce abraço da brisa da noite adormecida.
Em virtude deste hábito. O povo começou a falar ele possuía dons que fogem aos mortais.
Uns diziam que era sua alma que deixava o corpo para averiguar se tudo se encontrava em real ordem!
Pois certo era que seus conhecimentos a tudo transcendia...
Então emprestaram-lhe sinônimos dos mais variados, desde a assombração, a divindade!
Sta, sorriu ao recordar das histórias que vez por outras comentavam a seu respeito. Algumas impressionantes de criativas... comentadas nas estradas...
Porém a estes pensamentos trazidos pela brisa na madrugada, em um dia específico que não vale a pena datar...
Stalin, que não era mito e sim uma pessoa qualquer ainda filho de José e Maria!
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DO PRESSENTIMENTO
E adentrou à sua história, sentiu-se doído, meio assim... Assim de peito pisado...
E como o diabo foge da cruz, sentia-se como que afugentado algo que até então desconhecia, uma especie de agonia!
Pois certo é que quando o homem concentra tristeza em seu coração, deixa de cumprir sua parte com o mundo e qualquer história a menos... fica-se miúdo!
Porém desde aquela noite e por várias noite além...
Um vento estranho, como nunca acontecido "lhe causava calafrios"... soprando intermitente nas madrugadas daquelas paisagens...
Um comichão de solidão intimamente passou a amedrontá-lo e sua calma remexia-se em algo esquisito... Que não sabia ao certo porém o afrontava como um gigante!
Talvez fosse um espírito cheio de confrontos que vagando noite adentro, trazendo vento gelado pro sertão! Enriçando pele e pelos, procurasse por um nome ou corpo para apavorar...
RELEMBRANDO
A vila como era conhecida, tava muito maior do que quando nascida, era auto-sustentável.
Dali tudo se produzia, para consumo e para venda.
Recebia visitas de associações médicas, filantrópicas, mestre em todas áreas, conhecimento de mundos diversos. Tudo era tratado nos acordos de Stalin.
O lixo era tratado, a água era tratada, o povo tratado... Desde a lombriga da criança ao berne do gado, males já extinguidos.
Tudo exercia seu custo porém a custo de todos, todos tinham!!!
A insatisfação e a rebeldia, não aconteciam.
Muito pelo contrário..., Nunca ninguém dali tentou algo provar mas evidências eram alarmantes...
A felicidade ali ficava o tempo todo flanando...
SEGUINDO NOS PRESSENTIMENTOS
A energia elétrica a tanto aguardada, estava para lá chegar.
Nos planos muita festa iriam realizar.
E Stalin, tinha planejado até orquestra, queima de fogos e pra inauguração uma surpresa.
Um canhão a laser..., Posto que muitos senão a maioria nunca isto tinham visto!
Porém algo calava seu sorriso, sua paz e Stalin viu-se comum e não mais mito... não provedor!
Sentiu-se Stalin Xavier Guevara da Silva Santos... SOLITÁRIO!
Sentiu um calafrio percorrendo seu corpo.
Como somente duas vezes em sua vida.
Uma por percepção do nascimento e morte da mãe e outra por lembrança da morte do pai!
E pensou por mania..., que tudo o que é par se frutifica!
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DO PRENÚNCIO
E nesta noite foi terrível!
Como se o ar tivesse sumido da vila...
Parou o vento, sumiu a brisa, sem grilo, sem sapo, chiado, rosnado... Tudo silenciou...
Como se o caos sugasse todo ar e todo som...
Os sonos nas redes agitaram-se, as crianças tiveram pesadelos. Os velhos choraram o passado e tudo que se sentia era "tormento"!
E de repente tudo aconteceu como um susto!
O gado mugiu, as mulas escoicearam, os cães ladraram...
A mulher gritou na dor do parto antecipado!
O Padre rezou. O Pai de Santo em "Santo" entornou, o galo três vezes cantou, o dente doeu, a comida azedou, a água da cabaça salubre ficou, os ovos chocaram...
Tudo acontecia ao mesmo tempo, junto ao forte vento que soprou...
Assustou os pássaros que debandaram, os peixes para fora do açude pularam tremeluzindo ao brilho da lua e morrendo de ar...
A lua sentindo sofrimento foi se escondendo atrás das nuvens...
Ramos envergaram... Os matos enozaram, as cobras apareceram... e assim tudo ofegante...,
Corações, galhos, lago, galo, pato, sapo, gado...
Tudo acordou assim..., Cansado!
DA PARTIDA
E Stalin Xavier Guevara da Silva Santos que "não dormiu, não acordou"...
Amanheceu ali sentado, sozinho em seu velho ônibus desbotado, sem alma nem pecado!
Amanheceu de olhos abertos de dar medo, tão abertos e negros como fora outrora!
DO APOCALIPSE
A "vila" chorou... Chorou o gado... o pasto
E o temor de Stalin, se concretizou...
A ganância... Cobiça... Imperou!!!
E o caos brotou!
Diante tantas desavenças apareceram ciladas e depois doenças...
O açude secou, secou o gado... o mato!
O Padre e o Pai de Santo, debandaram...
O ex-policial, após crime passional suicidou...
A bebedeira muitos lá acolheu!
E quando a "luz" lá chegou...
O povo roubava... O galo, o pato, o cavalo, as sementes, o pão...
Fugindo alguns e o restante o tempo se encarregou...
Quando o solo rachou!
F I M
Autor: Edson Cerejeira
Concluído em 31 Janeiro de 2009 ás 18:39
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Este texto é uma forma de dividir com vocês, uma história minha e real..., sou pai solteiro e quando meu filho completou 9 anos escrevi essa memória muito pessoal para ele!!!
Vou por na integra e partilho com vocês que tem sido generosos comigo!
Era uma vez um pensamento, desses que a gente tem vez ou outra. E que não sabemos ao certo se é muito triste ou muito alegre.
E quando a gente pensa assim, ficamos inquietos e não conseguimos ficar parados "simplesmente pensando", e desejamos fazer algo!
Nos perguntamos um milhão de vezes o que nos falta?
Sabe a mais ou menos 9 anos, o papai estava assim!
Ai de tanto pensar, eu finalmente descobri o que era esse pensamento!
Sabe o que era? Não sabe!
Era AMOR... filho. E era um amor tão grande, que meu coração ficava cada vez mais pequenino e até pensava que ele sumir!
Ai... eu sempre pedia a "Deus"... Que me ajudasse a resolver este amor.
E perguntava a mim, como eu poderia amar tanto assim.
E saiba ele me respondeu com o "milagre" e foi a resposta mais linda da vida e da vida de qualquer um. VOCÊ!
E ele te trouxe para mim.
Em um dia de chuva e chovia tanto que parecia o reflexo do meu coração chorando assim, de alegria e emoção e um pouquinho de medo rsrsrrsrs...
E desde então, a minha vida, tem muitas chuvas e muitos sol´s, muitos dias e muitas e você está em todos eles!
E sabe como você era..., lindinho e frágil, moreninho, pequenino, cabeludo e com lindos olhos negros, atentos e expertos!
Assim como você é hoje!
Certo que se tornou um gigante, tão grande por fora e dono de um coração que se tornou generoso e amável.
E como desejo protege-lo por toda vida. Mas agora as descobertas são suas!
A primeira que fiz ao te ver foi um sorriso da minha alma.
E confesso o frio na barriga deu uma geladinha aqui dentro, "igual aquele do Lupin", lembra?
E você ficou correndo teus olhinhos nos meus, como se já nos conhecesse ha tempos!
Abracei-o com muito carinho e medinho de quebra-lo rsrsrsrs
Até esqueci as pessoas a nossa volta.
Corri com você pro quarto e fui tirar suas roupinhas, para ver se estava tudo no lugar rsrsrsrs!!!
Mãozinhas, bracinhos, perninhas, pezinhos,..
E se não tivesse tudo ali certinho te amaria da mesma forma!!!
E então você começou a chorar e deu inicio a "maratona".
Mamadeiras, fraldas, mamadeiras e fraldas..., kkkk
Mas no fundo quando a gente faz algo que ama, a gente não se cansa e sinto até saudades imensas!
Tudo isso, essa dedicação só nos fortalece! Nos torna melhores que antes.
Mas confesso kkkk que quando fui dar seu primeiro banho "QUASE TIVE UM TRECO" KKKK
Mas você foi um bebe calmo, bonzinho..., Digo somente quando eu estava por perto rsrsrs!!!!
porque senão você ABRIA O BOCAOOOO KKKK
E assim eu corria do quarto pra sala, da sala pra cozinha, da cozinha pro banheiro! kkkk
Até que "eureca" Achei mais fácil voc andar comigo no carrinho, que se tornou nossa extensão rsrrsr
E onde eu estava, lá estava você!!!
E assim tem sido todos esses 22 anos, sem carrinho claro" kkkk,
Nós crescemos eu por dentro e você por fora e por dentro...
SEU PAI... bjssss
Vou por na integra e partilho com vocês que tem sido generosos comigo!
Era uma vez um pensamento, desses que a gente tem vez ou outra. E que não sabemos ao certo se é muito triste ou muito alegre.
E quando a gente pensa assim, ficamos inquietos e não conseguimos ficar parados "simplesmente pensando", e desejamos fazer algo!
Nos perguntamos um milhão de vezes o que nos falta?
Sabe a mais ou menos 9 anos, o papai estava assim!
Ai de tanto pensar, eu finalmente descobri o que era esse pensamento!
Sabe o que era? Não sabe!
Era AMOR... filho. E era um amor tão grande, que meu coração ficava cada vez mais pequenino e até pensava que ele sumir!
Ai... eu sempre pedia a "Deus"... Que me ajudasse a resolver este amor.
E perguntava a mim, como eu poderia amar tanto assim.
E saiba ele me respondeu com o "milagre" e foi a resposta mais linda da vida e da vida de qualquer um. VOCÊ!
E ele te trouxe para mim.
Em um dia de chuva e chovia tanto que parecia o reflexo do meu coração chorando assim, de alegria e emoção e um pouquinho de medo rsrsrrsrs...
E desde então, a minha vida, tem muitas chuvas e muitos sol´s, muitos dias e muitas e você está em todos eles!
E sabe como você era..., lindinho e frágil, moreninho, pequenino, cabeludo e com lindos olhos negros, atentos e expertos!
Assim como você é hoje!
Certo que se tornou um gigante, tão grande por fora e dono de um coração que se tornou generoso e amável.
E como desejo protege-lo por toda vida. Mas agora as descobertas são suas!
A primeira que fiz ao te ver foi um sorriso da minha alma.
E confesso o frio na barriga deu uma geladinha aqui dentro, "igual aquele do Lupin", lembra?
E você ficou correndo teus olhinhos nos meus, como se já nos conhecesse ha tempos!
Abracei-o com muito carinho e medinho de quebra-lo rsrsrsrs
Até esqueci as pessoas a nossa volta.
Corri com você pro quarto e fui tirar suas roupinhas, para ver se estava tudo no lugar rsrsrsrs!!!
Mãozinhas, bracinhos, perninhas, pezinhos,..
E se não tivesse tudo ali certinho te amaria da mesma forma!!!
E então você começou a chorar e deu inicio a "maratona".
Mamadeiras, fraldas, mamadeiras e fraldas..., kkkk
Mas no fundo quando a gente faz algo que ama, a gente não se cansa e sinto até saudades imensas!
Tudo isso, essa dedicação só nos fortalece! Nos torna melhores que antes.
Mas confesso kkkk que quando fui dar seu primeiro banho "QUASE TIVE UM TRECO" KKKK
Mas você foi um bebe calmo, bonzinho..., Digo somente quando eu estava por perto rsrsrs!!!!
porque senão você ABRIA O BOCAOOOO KKKK
E assim eu corria do quarto pra sala, da sala pra cozinha, da cozinha pro banheiro! kkkk
Até que "eureca" Achei mais fácil voc andar comigo no carrinho, que se tornou nossa extensão rsrrsr
E onde eu estava, lá estava você!!!
E assim tem sido todos esses 22 anos, sem carrinho claro" kkkk,
Nós crescemos eu por dentro e você por fora e por dentro...
SEU PAI... bjssss
terça-feira, 24 de maio de 2016
Autoria de Edson Cerejeira, escrito em 2009.
A ANSIEDADE DO AMOR ROMÂNTICO!
Quanta ansiedade carrega dentro de si?
E aqui vou referir-me a ansiedade do amor romântico.
Desejamos, claro e é justo termos a energia do amor preenchida.
Estarmos amando e sermos amados, construindo ideais e sonhos...
Sentirmos o prazer dos corpos, olhares e aconchego.
Simples atos diários.
A simplicidade de estar ao lado, rindo, trocando o dia a dia, lavando louças enquanto o outro as guarda, coisas corriqueiras, porém que fazem a diferença.
Íntimos e apaixonados.
Tudo isso sem dúvida é mágico!
E a vida é mágica!
Mas não somos propriamente os "magos" quando o assunto é o amor.
Alma gêmea!tampa da panela! Metade da laranja! Cara metade! São metáforas...
E quantas perturbações existem na ansiedade do amor romântico!
Conflitos, traições, acusações, culpa, mentiras e pronto o belo vai se esvaindo pra um lugar que detestamos.
E somos viciados em "dramas", e termina um, iniciasse outro "drama"!
A estória se repete e se desbota o amor que um dia foi colorido!
Muda-se o parceiro(a) e com o tempo o "drama" reaparece com outra roupagem, outro corpo!
E nesse ciclo viramos vícios a busca do ser ideal!
Esqueça! Dos conceitos que criou, "o da pessoa ideal"!
Ela(e), não existe! E porque existiria? Porque você assim deseja!?!
Pense..., Se você mesmo não é um ser ideal para o outro..., Ou acha que é?
Olho por olho, dentes por dentes...,
Então o amor romântico não pode responder as suas expectativas!
Se os Deuses fossem correr atras das suas ansiedades teriam de criar um SEMI-DEUS só pra você!!!
A ansiedade é uma energia que o mundo não LÊ!
E assim permite que você tome a leitura inúmeras vezes...
O que pode te fazer entristecer de tantos dissabores e atropelos! E lemos páginas e páginas de romances, sem o entendimento do texto!
E a frase que não abandona... Poxa de novo comigo!
Essa ansiedade é uma construção somente sua!
E faz com que você inclua no outro, teus próprios arquétipos!
E quando o outro(a), mostrar-se na expressão natural do ser que é, você vai lutar para sufocá-lo(a) e
controla-lo(a)!
Mas é um mero engano, O SER SOBREVIVE A SI E A TI! acredite!
E as desilusões passam a ter inicio.
E a ansiedade faz com que esqueçamos que o outro pertence somente a ELE(A)!
Primeiro aceite a renovação do amor ai dentro de si!
Limpe os espaços antes ocupados por outros, que podem ter deixado alguma bagunça e dores!
Deixe-o vago, arejado e agradável!!!
OCUPE-O COM SUA BELEZA!
E esqueça a ansiedade pois a vida encontrando sua beleza te preencherá!
Concentre sua atenção na intenção de estar nutrido(a), amado (a)!
E permita que o universo atue no tempo dele!
Fale com seu coração de mente aberta e sorria pra ele de alma leve...
Peça que ele supra sua solidão!
O universo quer te ver feliz! SIM!
JÁ HA TRISTEZAS DEMAIS NO PLANETA!
E com certeza, "DEUS", não quer que você contribua com as suas rsrsrsrsrs...
Então com espaços limpos, aceite na espera!
Pois alguns ou algumas, se não forem seus amores irão-se sem demora e outros(as) virão e se estiver levemente limpo, entenderá que o amor chegou!
E você reconhecerá aquele(a) que irá COMPARTILHAR O MELHOR DE VOCÊ!!!
A ENERGIA DO AMOR JÁ NASCEU CONTIGO!
ATIVE-A!!!
E ELE(A) VIRÁ E OS ACERTOS TERÃO OUTROS SONS, PRÓPRIOS E HARMÔNICOS!!!
Sintam-se abraçados por mim...
Texto de autoria de Edson Cerejeira
BOM DIA!!! VENHO AGRADECER A TODOS QUE ACOMPANHARAM O CONTO DE TITULO "AMEI", DE MINHA AUTORIA, REALMENTE FOI UMA SURPRESA AS MAIS DE 650 VISUALIZAÇÕES!
SÓ TENHO A AGRADECE-LOS IMENSAMENTE!
MAIS TARDE IREI FALAR SOBRE AS ANSIEDADES DO AMOR ROMÂNTICO É CURTO E SIMPLES.
ESTOU PREPARANDO UM CONTO, UM TANTO LONGO, PORÉM RETRATA A HISTORIA DE UM NORDESTINO E SUAS DIFICULDADES E CONQUISTAS NESSA CIDADE DE SÃO PAULO!
ABRAÇOS MIL DE MANEIRAS DE Edson Cerejeira
terça-feira, 17 de maio de 2016
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