Olá, Bem
Vindo, Fevereiro e aquele abraço e por favor seja gentil conosco, você o mais
jovem de todos e que gosta de “SAMBA E SOL” venha brincalhão para nós.
Um bom dia
para vocês e para mim rsrsrrsss...
Hoje
01/02/2017 e agora já são 11:21h e caramba o tempo corre e a gente corre nele,
mas pensando o tempo, acordei de madrugada para variar sem sono e fiquei
divagando como de hábito!
Como costumo
dizer o tempo é uma caixa mágica, ora pensamos que ele nunca mudará e de
repente bummmm, mudou tudo kkkk e a gente muda junto.
E pensando
nessas reviravoltas na vida da gente, lembrei que há tempos atrás, precisamente
uns 20 anos atrás, eu conheci e aprendi a admirar uma mulher pequena e arretada
rsrsrsrs, e vou chamá-la aqui de Gilda!
Gilda era
falante, rápida, casada com três filhos, 2 meninos um de 9 outro de 11 e uma
garota de 15 e chamarei seu marido de Zé.
Moravam numa
cidade perto de São Paulo, região metropolitana, para onde nessa época eu me
mudei com meu ex companheiro e meu filho pequeno.
A família
veio do interior do Maranhão, fazia alguns poucos anos e ainda conservavam os
hábitos de lá, com aquele sotaque maravilhoso (amo sotaques), eu trabalhava no
centro de São Paulo e por uma conhecida que me indicou Gilda para trabalhar em
casa nos serviços diários e para cuidar do meu bebê com 3 aninhos.
E assim
fomos nos conhecendo e confiando um no outro. Ela era vizinha à minha casa, uma
mulher que se cuidada teria sua beleza revelada. Mas não, fui conhecendo sua
história, de sufoco financeiro as vezes extremo e sua relação com o marido, que
ela o respeitava, mas ele era dependente do álcool, um bom homem, porém quando
exagerava, agredia a ela e aos filhos.
Eu o
conheci, um homem bem humilde, boa pessoa com certeza e quando bebia sempre ia
em casa agradecer, “tadinho”, por respeitar a mulher dele e seus filhos.
É que os
meninos começaram a ficar em casa sempre, e eu os adorava e eram uma ótima
companha para meu filho. Um extremamente o mais velho inteligente e o outro de
uma alegria imensa.
Sempre que
pude os ajudei, pois me importava com o bem estar, deles todos e assim eles
tiveram a primeira árvore de natal, fomos eu eles e meu filho numa chácara ali
perto e colhemos galhos e fiz uma para mim e para eles cheia de brilhos e tal e
assim foi que o pai deles apareceu a primeira vez bêbado em minha casa e
chorando pela gentileza.
Era cansado
na verdade de ser desprezado por ser do Nordeste e pobre. E sabemos que isso é
muito comum, infelizmente, porém se puder você fazer a diferença com nossos
irmãos faça que todos agradecemos!
E nesse
sufoco todo, uma boa alma se converteu nas angustias para a bebida.
Porém, isso
dentro de casa, no dia a dia, a agressão diária e a pobreza e Gilda, ficava
triste e conturbada, crendo que essa era sua sina e que nada no mundo mudaria.
Era uma
mulher alegre, mas quando apanhava eu reconhecia de imediato, aqueles olhos
tristes e fúnebres de alguém condenado a um futuro inglório.
Mas passaram
anos eu me mudei para São Paulo e infelizmente ficava longe para ela. Mas
continuamos nossa amizade ou por telefone ou em visitas ou os meninos iam
passar o fim de semana conosco e tal!
Acontece que
ele tinha dificuldade de parar em emprego, por conta do vício e ela resolveu
voltar com a família para sua terra natal e foram.
Mas como lá
não conseguiram trabalho depois de meses retornaram. Sem dinheiro e sem
esperança! E ele voltou pior as agressões ficaram quase diárias.
E Gilda foi
trabalhar na casa de uma veterinária que morava sozinha e ficaram amigas e essa
mulher ajudou todos. E com o tempo essa mulher se apaixonou por Gilda.
E Gilda que
já não sabia o que era prazer com o marido há anos, passou a ter prazer com
essa mulher. Passou meses e Gilda se separou!
Apaixonou-se
por Estela a veterinária disse adeus as agressões, sua filha e seu filho mais
velhos decidiram ficar com ela e se menino mais novo aquele que irradiava
alegria, resolveu ficar com o pai.
Zé a
princípio ameaçou matar ela e a “sapatona” como ele dizia, chegou a me ligar e
falei, Zé você sempre soube da minha relação com meu companheiro, ele também já
foi casado num casamento “normal” e também tem 3 filhos como você. E quando se
separou teve suas aventuras e depois nos conhecemos, desculpe, porém como posso
falar pra Gilda que essa relação dela é algo do “diabo” como você diz. A única
sugestão que posso é dizer para vocês serem felizes da forma que for e pensarem
nas crianças, que é o fruto de vocês dois.
Ele se
zangou, mas com o tempo foi aceitando, eu sabia que iria acontecer isso, ele
tinha um bom coração. Ao ver os filhos bem e felizes e se adaptando a nova
vida, foi se amansando!
E assim
Gilda descobriu na mulher que era Estela o amor que na verdade nunca teve com
um homem e um dia indo a minha casa, conversando e tomando café, ela disse:
Seu Edson,
eu sempre achei mulher bonita e as vezes me dava algumas coisas diferentes
entende? Mas achava que era coisa de tentação do “Demo”! Mas quando fui
trabalhar com vocês e via o carinho e amor de vocês eu percebi que tentação do
“demo” é viver na infelicidade, com medo, apanhando se sentindo sem valor!
E assim
Gilda, agora cuidada teve sua beleza feminina revelada!
E assim
foi... e assim é a vida, cheia de esperanças e novidades, basta de forma
simplória, olharmos mais para dentro e nos reformularmos dentro do que já
somos!
Vou indo
agora queridos, muita coisa a fazer, meu abraço e que Fevereiro seja um laço de
Paz, Encontros e Sucessos para nós!!!
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